Gestão Ricardo Valois/Paulo Alves, que comandará o clube em 2004/2005, começou às 20h51 de ontem, pelas mãos do novo presidente do Conselho, Eduardo Araújo
A palavra união, com certeza, foi a mais entoada nos discursos dos alvirrubros durante a cerimônia de posse do Conselho Deliberativo, que atuará nos próximos quatro anos, e da diretoria do Executivo, comandada pelo presidente Ricardo Valois e pelo vice Paulo Alves, à frente do Náutico no biênio 2004/2005.
A cerimônia realizada, ontem à noite, finalizou o processo eleitoral, marcado pelo consenso entre a chapa situacionista (o Colegiado) e a oposicionista (Confraria Timbu de Ouro). Há oito dias, a união foi homologada nas urnas pelos sócios e conselheiros.
“Há mais de quinze dias, dois (poderes) Executivos estão trabalhando em prol do Náutico”, enalteceu Alexandre Arraes, que passou de presidente a vice do Conselho, ao empossar Eduardo Araújo, ex-presidente do Executivo, e todos os 270 conselheiros do próximo quadriênio – os outros trinta, tomarão assento na primeira reunião do Conselho, por meio de convites.
Ao assumir o Conselhoo, Araújo comandou a posse da diretoria do Executivo. “Só espero que a minha missão tenha sido preparar o Náutico para um futuro vitorioso”, disse, referindo-se ao acordo que selou com a Justiça do Trabalho, que destinará 20% de todas as receitas do clube para o pagamento de acordos de ações trabalhistas.
O vice-presidente Paulo Alves destacou a maturidade do processo eleitoral alvirrubro que teve o consenso como solução, quando o bate-chapa parecia inevitável. “União é a palavra que norteará esta administração. O amor ao Náutico nos uniu e vamos fazer uma gestão de superação de obstáculos. Teremos o compromisso com títulos e com a nossa divisão de base, onde está o nosso futuro.”
Ricardo Valois discursou lembrando o título de 2001, época em que foi vice-presidente de André Campos. No ano do Centenário, o Náutico não vencia o Estadual havia 11 anos e sofria com a possibilidade de o Sport igualar o feito timbu de ser hexacampeão. “Os alvirrubros se uniram e fomos campeões”, destacou.
Valois recebe um clube mais viável que seus antecessores e, por isso, já planeja vôos mais altos. “Vamos concluir o CT, gerenciar os nossos passivos (cerca de R$ 22 milhões), modernizar o centro administrativo. Isto, sem esquecer de formar times fortes para vencer. A partir de hoje, o Náutico vai ser otimista e vencedor”, garantiu, antes de puxar o indefectível grito de guerra timbu, seguido por todos, sucedido por uma barulhenta queima de fogos.