TREINADOR

Auxiliar-técnico é efetivado no lugar de Edson Gaúcho e promete restaurar alegria entre jogadores. Agora não há mais restrições a cabelos mais longos e brincos

Depois de não ter obtido êxito, este ano, com Givanildo Oliveira, Heriberto da Cunha e Edson Gaúcho, o Náutico optou por uma solução caseira para tentar a última cartada no Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão. Com a saída de Edson Gaúcho, o auxiliar-técnico Leivinha foi aproveitado como treinador até o fim do ano.

José Edson Marcelino de Oliveira, 40 anos, chamado de Leivinha por ter, segundo ele, características semelhantes às do ex-atacante do Palmeiras e da seleção brasileira, na década de 70, está nos Aflitos há quatro anos. Começou sendo treinador nas divisões de base. Depois passou a assistente de Luiz Carlos Cruz. A partir daí, ficou auxiliando todos os treinadores do Náutico, como Muricy Ramalho, Müller, Givanildo, Heriberto e o próprio Edson Gaúcho, que pediu demissão no sábado à noite.

Mas a história de Leivinha nos Aflitos começou muito antes. Pernambucano, iniciou a curta carreira de jogador no próprio Náutico. Chegou a participar de um jogo pelos profissionais, em 1982, quando substituiu Lourival, numa partida contra o Central, em Caruaru. Naquele time jogavam Heider, Lupercínio e Luciano. Depois, tentou a sorte no interior de São Paulo, jogando pelo Bragantino e Independente de Limeira. “Aqui não davam chances aos pratas da casa”, lembra.

Agora, segundo Leivinha, será diferente. No atual grupo, estão jogadores que já passaram por suas mãos, como Esquerdinha, Almir, Paulo André, Rodolpho e Luciano. Outra mudança, pelo menos de imediato, será dar alegria ao ambiente de trabalho. Está permitido ter cabelo mais comprido, usar brincos e iniciar os treinamentos com a tradicional roda de doidinho (conhecida também como bobinho), tudo proibido pelo seu antecessor.

Sobre a formação do time que entra em campo amanhã, contra o Mogi Mirim, nos Aflitos, Leivinha prefere aguardar o treino de hoje à tarde para se pronunciar. Questionado se começaria o trabalho tático com Adriano no time titular, despistou: “Vou utilizá-lo um tempo e vou testar outros jogadores também.” Com Edson Gaúcho, Adriano foi barrado no último jogo da Série B.

E é o desafio de classificar a equipe para a segunda fase da Segundona que aguarda Leivinha. Sobre o fato de ter que vencer os quatro jogos restantes (para não depender dos três pontos retirados pelo STJD e ainda não confirmados pela CBF), o treinador mostra-se confiante. “Se eu não acreditasse, não teria aceitado o convite”, justificou.

A escolha de Leivinha deve-se ao fato de ele conhecer os jogadores e de se relacionar bem com todos. Diante do Mogi, será a segunda vez que ele comandará o Náutico. Interinamente, após a demissão de Givanildo, esteve no banco de reservas na derrota por 3×0 para o Petrolina, no Sertão.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

*


4 + = 13

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>