A regularidade do Náutico pode ser o seu passaporte para ingressar na Série A do Brasileiro. E, a julgar pelo caminho retilíneo dos alvirrubros, a vaga é uma questão de tempo, embora as variáveis do futebol sejam muitas e nenhum time da Série B está a salvo completamente de tropeços que possam atrapalhar seus intentos mais à frente.
Os números, no entanto, apontam uma melhora constante do Timbu. Tomando por base a partida contra o ASA-AL, há pouco mais de um mês, o Náutico ou melhorou em quesitos que não o colocavam no topo ou continua numa situação de destaque naqueles em que liderava, postando-se muito à frente dos adversários. Com uma defesa sólida, não à toa os pontos de maior destaque tem a ver com o setor de marcação.
Às vésperas do embate contra os alagoanos, o Náutico era o time que mais sofria faltas (349), o que mais desarmava (334), o terceiro que menos faltas cometia (217) e a segunda melhor defesa da competição, com 11 gols tomados. De lá para cá, o alvirrubro manteve-se no mesmo caminho. Chega próximo ao confronto contra o Criciúma, sábado, nos Aflitos, com números a comemorar. Além de ser, ainda, o melhor nos desarmes (576) e o grupo que mais recebe intervenções faltosas (509), assumiu o posto de defesa menos vazada (19 gols tomados) e, agora, é o segundo lugar no que menos falta fez na Série B (353).
Assim que chegou ao Náutico, o técnico Waldemar Lemos tinha em mente trabalhar com esse grupo uma de suas maiores filosofias. A de que uma equipe da Série B não precisa jogar feio para ser vencedora. No início, até desviou um pouco o foco, exaltou o futebol-força como um dos componentes centrais das equipes que participam da Segundona. Mas o que se vê, nos últimos tempos, é um time que não dá pancada. E, por desarmar em demasia e ficar tempo de sobra com a bola nos pés, sempre tem recebido uma carga mais pesada dos adversários.
“Eu não treino jogador meu para dar porrada. Eu treino para jogar futebol”, resumiu o treinador. Muito dos números, sem dúvida, são resultados dos fortes treinos aos quais o grupo é submetido. Insistentemente, semana após semana, o elenco alterna períodos de trabalhos matutinos na praia, no centro de treinamento da Guabiraba e nos Aflitos. São quase sempre exercícios conjugados, que misturam bola e físico, geralmente sob um sol de rachar. Coletivo? Quase nunca. A não ser para aliviar um pouco a tensão das movimentações mais pesadas da semana. Jogador, todo mundo sabe, adora trabalho com bola.
Com uma linha de três volantes pegadores (Everton, Elicarlos e Derley), dois zagueiros em ótima fase (Marlon e Ronaldo Alves), um meia bem habilidoso (Eduardo Ramos) e dos atacantes velozes (Rogério e Kieza), esses números não são novidade alguma. Para Marlon, entrar inteiro na partida é um diferencial. Dificilmente, chega atrasado numa disputa. Isso evita não só as faltas como os cartões amarelos – ele levou três em toda competição, um por reclamação. “Zagueiro não tem que sempre fazer falta. Posicionamento e condição física são importantes na hora de marcar”, compreende.
Na lista dos jogadores que mais recebe falta na Série B, Rogério e Kieza colaboram, e muito, para que os alvirrubros sejam os mais parados com lances ilícitos nas partidas pelo Brasil. “A gente se movimenta muito lá na frente. E nós dois somos rápidos e habilidosos. Assim, o jogador que chegar atrasado na lance, com certeza, vai fazer a falta”, comentou o atacante Rogério.
A boa colocação na matemática da Série B não é só comemorada pelos atletas. A comissão técnica está satisfeita e confirma a evolução do Náutico em todos os quesitos. “Estamos sempre monitorando os números. É importante para manter a linha do trabalho. Nos mantivemos bem nos dados citados e, também, em outros. Por exemplo, somos o time que mais ganhou escanteios, somos os únicos invictos em casa, além de só termos três derrotas na competição. Somos os que menos perdeu, junto da Portuguesa”, vibra Cléber Queiroga, fisiologista do clube.
Obrigado, Julio. Também me identifico com o que você coloca aqui. Acho que a convergência de pensamentos iguais na torcida ajudará e muito o CNC. Vamos subir.
EDIVALDO,
PERFEITO SEU COMENTÁRIO, PERFEITO!!!!!!
PELO MENOS EU ME IDENTIFIQUEI MUITO COM SUAS PALAVRAS.
Saudações Alvirrubras!!!!!!
Resumindo: o treinador faz a diferença neste time. Mas não é só o treinador. É toda a equipe de profissionais que dá suporte ao treinador. Mas não é só isso. É o grupo de jogadores que está cumprindo a risca com o treinamento demandado e mantendo uma postura ética com o CNC. Portanto, a torcida tem que fazer o seu papel que é incentivar os jogadores e prestigiar o seu treinador. Quando um jogador errar, tem que incentivar, ou se não admitir o erro, pelo menos ficar calado e não xingar. Mas vaias NÃO. Esse grupo é forte e vai conseguir o acesso. Talvez até seja campeão da série B, o que irá proporcionar uma grande alegria a nação alvirrubra. Eu gostaria que essa mensagem chegasse ao treinador e a cada jogador, pois sintetiza o pensamento da maioria da torcida consciente do CNC. Vamos a mais uma batalha no sábado. Rumo a Primeira.