Givanildo minimiza tropeço do Londrina e revela tática que motivou o Náutico contra o líder
Técnico falou aos jogadores que uma nova derrota colocaria o time em xeque na Série B

Assim que a bola rolou na Arena de Pernambuco o Náutico mostrou que brigaria pela vitória até o fim. Isso ficou claro nas tentativas de abrir o placar logo cedo diante do Atlético-GO. Tanto ímpeto poderia ser justificado pelo empate entre Londrina e Criciúma. O resultado dava a chance ao Timbu de voltar ao G4 na 33ª rodada e não sair mais de lá até que todos os jogos do fim de semana fossem completados. Porém, o técnico Givanildo Oliveira viu de outra forma a influência do resultado dos concorrentes diretos.

“O empate do Londrina não influenciou. Claro que fomos para o jogo sabendo que ficaríamos no quarto lugar. Não adianta ficar torcendo para os outros times se não fizemos nossa parte. O Londrina empatou, mas e se não vencéssemos? Essa parte de começar a olhar para o adversários é quando não temos mais chances. Aí sim. Enquanto só dependermos da gente, temos que fazer o nosso. Eu seco os outros, sim. Como sei que eles nos secam, mas prefiro pensar no nosso time”, revelou.

De volta ao G4, o técnico elogiou muito a postura da sua equipe e também o Atlético-GO. Disse que os goianos não estão na primeira posição por acaso. Porém, a entrega do seu time foi maior e por isso saiu vencedor. Foi merecedor dos três pontos porque soube ser paciente.

“No primeiro tempo tivemos uma bola de longa distância do Bergson e depois um lance com Rony, mas eles dificultaram a nossa saída de bola. Eles iam para trás e por isso tocávamos muito a bola. Tem que ser assim. O torcedor às vezes não gosta, mas não pode agredir um adversário que pode marcar a qualquer momento. Foi um jogo equilibrado, mas tivemos mais posse de bola e conseguimos marcar os gols na hora certa”, comentou.

Um dos fatores de motivação que o treinador utilizou durante a semana foi o tropeço da última rodada. Ele abriu brecha para que o Náutico ficasse longe do G4 em caso de nova derrota e esse foi o trunfo de Givanildo para provocar a sua equipe.

“Falei para eles que não poderíamos deixar desgarrar. Desgarrar seria não vencer hoje. Se a gente perde hoje o negócio começaria a complicar. Ganhamos sete em dez jogos nessa competição que conheço muito bem. Se perdêssemos hoje seria um desgaste e começariam a surgir coisas”, comentou.

Por: Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco
Foto: Léo Lemos/Comunicação Náutico