No dia 28 de outubro de 1987 jogaram no Arruda Santa Cruz e Palmeiras, pela Copa UNIÃO (módulo verde). O Santa Cruz vencia o jogo por 1×0. Aos 30 minutos do segundo tempo o técnico do Palmeiras, Rubens Minelli faz a última e desesperada alteração. Entra em campo um desengonçado centro-avante, de nome mais desengonçado ainda: Bizu!
A torcida do Palmeiras vinha pegando no pé do atacante desde a sua chegada ao Parque Antártica. Alto, magro, de pouca habilidade com a bola, Bizu não teve tréguas com os torcedores do verdão. Com a escassez de gols, e sem o cacoete de craque de futebol, Bizu era vaiado sempre que entrava ou saía de campo.
Como fazer gols fosse uma tarefa fácil, Minelle bateu no ombro dele e disse: “vai lá, e resolve”!
Bizu entrou em campo, e logo na primeira oportunidade deu um chute cruzado, para uma difícil defesa de Birigui. Aos 39 minutos aproveitou um bate, rebate na área tricolor e mandou para as redes, empatando o jogo. A dois minutos do fim do jogo Bizu faz um giro de corpo e chuta no canto de Birigui, decretando a virada no placar, e a vitória palmeirense.
Os pernambucanos ficaram atônitos. Como deixar no banco um centro-avante oportunista como esse? No ano seguinte Bizu era contratado pelo Náutico. Aos 28 anos, as portas da esperança se abriam de novo para o valoroso atacante.
Bizu foi marcando gol em cima de gol, um jogo atrás do outro. Gols de todo jeito, até mesmo de canela. Nas arquibancadas o coro não parava de ser entoado pela torcida alvirrubra: Bizu, Bizu, Bizu!
Bizu jogou pelo Náutico de 1988 a 1991. Depois de uma breve passagem pelo Grêmio voltou aos Aflitos em 1992, e encerrou sua carreira no ano de 1994, jogando pelo Náutico. Teve participação decisiva na campanha do acesso à série A em 1988. Jogando pelo Náutico Bizu foi campeão pernambucano em 1989, e artilheiro do estadual de 89 (31 gols) e 90 (19 gols), além de ter sido vice-artilheiro do Brasil, em 1989 e 1990 e artilheiro da Copa do Brasil de 1990. Fez 114 gols com a camisa 9 do Náutico, em 179 jogos disputados. No ano de 1989 Bizu ganhou o troféu Bola de Prata, da Revista Placar.
Dos gols de Bizu, um deles não pode ser esquecido pelos torcedores do Timbu. O gol do título de 89. A final foi contra o Santa Cruz, no estádio do Arruda. Um noite chuvosa não apagou o ímpeto do artilheiro alvirrubro. O jogo estava empatado até os 43 minutos do segundo tempo. Lúcio Surubim numa arrancada fenomenal invade a área tricolor e é derrubado por trás. Pênalti para o Náutico. Bizu ajeita a bola com todo carinho na marca de cal, e dá um tiro certeiro no canto esquerdo do goleiro Waldir Peres. Gol do Náutico. Era o gol do título. Daquele instante até o fim do jogo foi só alegria. Os jogadores se abraçavam no gramado. Os torcedores não paravam de gritar o nome de Bizu.
Após o apito final houve uma invasão de campo por parte da torcida alvirrubra, e Bizu foi carregado nos ombros pelos apaixonáuticos. Uma conquista mais que merecida.
Bizu hoje em dia mora em São Leopoldo-RS e é funcionário público da Secretaria de Saúde da cidade. Mas no Recife ele mora no coração de cada um dos alvirrubros que viveram aqueles momentos inesquecíveis de gols e conquistas.
Bravo Bizu!!
Por: Carlos Menezes
Foto: Divulgação
Não esqueçam de Lima (Adesvaldo José de Lima), centro-avante que veio do Corinthians e deu o título de 1985. E Nunes também.
FALTOU DESSA RELAÇÃO O CENTROAVANTE LIMA CAMPEÃO PERNAMBUCANO DE 1985 E ROBERTO CÉSAR ÓTIMO JOGADOR CAMPEÃO PERNAMBUCANO DE 1984 10 ANOS APÓS A ÚLTIMA CONQUISTA.
Rob gol,Didi Duarte,Kieza. Talvez esses sejam menos expressivos dos quias foram citados,porem foram importantes
BIZU – BITA – BAIANO – MIRANDINHA – NINO – PARAGUAIO – KUKI Devo tá esquecendo de mais algum dos que fizeram muitos gols para a nossa alegria.
Esqueceu de Titica… rsrsrsrsrsrsrs
Que Dublê de jogador ruim do caramba!!!
Eterno Bizu…esse apesar de não ser um craque, mas… jogava com raça e sabia fazer gol (o que importa)…Fique com Deus Bizu…