Vencer é o verbo
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 05 de Fevereiro de
2010
Na falta
de futebol competitivo, a sorte manteve o Náutico
na cola do líder Sport. Não tenho
pudor em falar sobre isso, nem devo. Não
é novidade pra ninguém que a equipe
timbu está em processo de arrumação,
e que o técnico Guilherme Macuglia tem
escalado uma formação a cada partida.
Então, se os resultados contribuem para
o bom desempenho do trabalho, o torcedor alvirrubro
agradece.
Já são quatro
vitórias seguidas e o Náutico igualou
o recorde da competição, estabelecido
pelo próprio rival. A meta agora é
se manter na vice-liderança, ou mesmo desbancar
o Leão, com o quinto triunfo seguido no
Estadual. Entre dispensas e contratações,
o Timbu vai mostrando que deseja disputar olho
no olho o título pernambucano com os favoritos.
Aliás, o próprio
campeonato pernambucano ganha em dinamismo. Mal
estivemos na realização da terceira
rodada e já havia opiniões formadas,
em especial de cronistas, quando afirmavam que
o Sport iria levantar o título com
sobra. Com vários defeitos apresentados
como qualquer outra equipe na competição,
o time leonino lidera com apenas um ponto de diferença.
Errou menos, ao contrário dos seus adversários.
Porém, não
vejo nenhum time com uma disparidade técnica,
física, tática ou quaisquer outros
aspectos que queiram levantar. Só não
vale enganar o torcedor! Até porque, dentre
os piores, alguém teria que estar na liderança
e outro na lanterna, proporcionalmente. É
óbvio ululante.
Convenhamos: não
há nada pior do que apostar numa equipe
que tem uma imensa torcida, como o Santa Cruz
(sem dúvida, a maior do estado), mas que
vive sendo enganada por pessoas dos vários
segmentos esportivos. O desencanto acaba justamente
quando a cobrinha entra no gramado.
Que coisa bisonha!
Bom, quanto ao Náutico,
acredito que a vitória em cima da Cabense
seja fruto de uma das máximas que insistem
em permear a realidade do futebol. De nada adianta
ter maior volume de jogo, posse de bola, maior
quantidade de escanteios, chutar mais, dominar
amplamente o meio-campo e não fazer o detalhe
principal: gol. O time do Cabo ganhou em todos
esses atributos, a exceção do placar.
Mais o que determina os três pontos é
somente o resultado.
A oscilação
de uma partida para outra é natural. Atletas
fazem estreias durante a competição
e o preço desta ousadia é alto.
Não adianta cobrar postura tática
definida, pois não há tempo para
o técnico testar formações.
As experiências são todas realizadas
sob o risco e o calor dos jogos. A competição
não pode esperar. O erro é fatal
e pode custar o título. Mas as vitórias
podem levar ao troféu maior.
Não se iluda caro
(a) leitor (a), o momento não é
de exibição, mas de obter o maior
número possível de pontos. Não
importa quem faça os gols, a vitória
é que se faz fundamental. Quanto a jogar
bem, creio que o time consiga isso daqui a mais
três ou quatro rodadas. Mas é apenas
uma opinião.
Tenho dito.
Saudações
alvirrubras!
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