Do drama
para a ação
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 05 de Maio de 2009
O que
deveria ser uma estruturação com
planejamento profissional e perspectiva de resultados
positivos parece que não passa de um fortuito
acontecimento circunstancial. Eis a contextualização
na qual se encontra o departamento de futebol
do Náutico. Por vezes muito burocrático,
inocente em alguns aspectos, ineptos em outros...
Chega até mesmo a ser pouco hábil
e ágil quando o assunto em xeque é
o futuro do Náutico na temporada 2009.
A resposta precisa ser dada nos próximos
meses, mas já estará girando a roleta
do Brasileirão, quando então será
selado o destino do que será o Náutico
neste restante de temporada: sem time, sem lenço
e sem documento...
Após o fracasso
durante o campeonato pernambucano, quando aquele
setor do clube conseguiu o obtuso, ou seja, não
fomentar uma equipe consistente, daquelas que
o torcedor percebe um esboço do que sejam
os onze, a penúria continuou na Copa do
Brasil adentro. Quando tudo parecia somente ruim,
eis que agora o processo continua acelerado e
parte com tudo de encontro a principal competição
da temporada: o Brasileirão. É difícil
para qualquer um entender e aceitar esta inepta
realidade, em especial o torcedor timbu. Vou além:
isto é inadmissível para um clube
centenário, de tradição e
com uma das torcidas mais fanáticas do
País!
Depois de mais de uma década
de ostracismo, em relação à
elite do futebol brasileiro, os atuais dirigentes
do Náutico ainda não se adaptaram
à forma de ser e pensar, em termos de Série
A. Inversamente proporcional a esta realidade,
o time degringola a cada temporada na primeira
divisão. Desde que reestreou, em 2007,
o Timbu se resumiu a lutar para permanecer entre
os 20 melhores do Brasil. Admito que conseguiu
de maneira heroica, pois a desigualdade disseminada
pelo clube dos 13 (também conhecida como
máfia chapa branca do futebol brasileiro),
que privilegia a situação geopolítica
do futebol, e não apenas o seu critério
técnico, dentro de campo, valorizou, e
muito, a permanência do centenário
alvirrubro entre os melhores.
Basta lembrar aos esquecidos
de plantão que costumo reputar como
sem critério e tendenciosos -, que o Náutico
viu cair para a Série B Corinthians e Vasco
da Gama, em 2007 e 2008, respectivamente. Duas
equipes privilegiadíssimas por questões
financeiras e, principalmente, no que diz respeito
ao contexto do extra campo e extra tribunal do
fétido futebol nacional. Não foi
fácil para o Náutico. E será
ainda mais difícil neste ano, em especial
à medida que o Náutico vai fincando
o pé e garantindo a sua vaga dentro das
quatro linhas. Incomoda a muitos, admitam os incomodados
ou não.
Tentar uma vaga na Copa
Sul-americana, considerada como a segunda maior
competição do continente, pode até
ser possível. Chegou-se a especular esta
possibilidade no ano passado. Mas depois de algumas
rodadas de amarga realidade, vimos que tudo não
passou de um surto. De fato, a pretensão
foi de apenas permanecer (quase não se
sabe como!) na elite. Isso porque, sem time competitivo,
jogadores qualificados e experientes no grupo,
a utopia se torna pesadelo! A experiência
mostra que não dá para suportar
por muito tempo na base da improvisação.
Não adianta querer
justificar o que todos já sabem! Cotas
de patrocínio menores que os outros, e
outros blá-blá-blás que estamos
polisaturados de apenas e simplesmente ouvir,
sem solução anexada... Cadê
os caras que se dizem dirigentes de futebol
profissional? Ou seriam dirigentes
profissionais de futebol? Bom, o que posso
afirmar é que a ordem destes fatores altera,
e como, o produto final! Sem time, não
há futebol. E sem futebol, não há
razão para estar no Brasileirão!
Além de apenas sempre
competir, acho que o torcedor alvirrubro está
ávido para ganhar também... Ou isso
não faz parte do futebol!?
Avante, Náutico!
|