De 90 em 90 minutos
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 05 de Setembro de 2009
Entre
alívio e preocupações, o
caminho futebolístico-administrativo trilhado
pelo Clube Náutico Capibaribe parece começar,
enfim, a engrenar. No aspecto futebolístico,
o time comandado pelo competente Geninho parece
ter encontrado um futebol competitivo e capaz
de ir além da mera escapada da degola no
Brasileirão 2009. Se ainda é cedo
para afirmar isso, acredito que seja mais do que
fora de questão contratar um futuro superintendente
de futebol para o próximo biênio.
Nada contra o nome do profissional Marcelo Sangaletti.
Que fique bem claro. É apenas uma questão
de cautela e visão profissional.
Nem bem o Náutico
escapou da famigerada degola na Série A
deste ano, a equipe ainda habita a
zona de rebaixamento, e já se pode observar
mais do que planos e propostas para o biênio
2010/2011. O ex-jogador e ídolo Sangaletti
campeão do centenário e bicampeão
estadual 2001/2002 será sempre bem-vindo
aos Aflitos. Ponto pacífico. Porém,
nunca é demais lembrar que é necessário
ao Náutico confirmar a sua permanência
na elite para, depois da sucessão presidencial,
o futuro presidente eleito ou aclamado, começar
a tratar de assuntos relativos à sua gestão
e aos respectivos reforços para a temporada
seguinte.
Não quero aqui fazer
estardalhaço antes do tempo. Até
porque estou apenas comentando sobre algo que
ainda não aconteceu. Aliás, não
sei nem qual a data que está reservada
para a eleição presidencial no clube.
Mas é preciso lembrar aos desavisados que
tudo aponta para uma disputa eleitoral no Alvirrubro,
em dezembro próximo. Algo saudável
e necessário num regime que pretende alternar
poder e dar oxigenação a uma agremiação
centenária. Que, hoje em dia, pertence
também à massa: o Clube Náutico
Capibaribe.
Para quem acha que está
tudo um mar de serenidade na sede alvirrubra,
quero lembrar o recente protesto contra o atual
presidente Maurício Cardoso e a sua seleta
diretoria. Este ato acabou por trazer como consequência
a formação de um colegiado de futebol,
composto por 21 membros. Que não haja enganação
para com o sócio ou o torcedor timbu. Uma
coisa de cada vez e a seu devido tempo!
Isso sem mencionar que
a tal negociação do atacante Gilmar
para o futebol europeu, mais precisamente para
a França, sequer foi ratificada. Entre
dramas, informações controversas
e versões de várias naturezas, além
de uma série de especulações
jornalísticas sem pé nem cabeça,
o jogador não sabe ainda se vai cumprir
o seu contrato até o final desta temporada
no Náutico, ou se a vida profissional lhe
espera no velho continente.
É preciso aguardar
o desenrolar desta realidade para, depois, afirmar
sobre isso ou aquilo. A espera faz parte da profissionalização,
ou seja, que os fatos sejam consumados na fonte
da realidade existencial. Não adianta querer
antecipar os acontecimentos, mesmo que eles apontem
para uma tendência assim ou assado.
A experiência mostra
que, assim como na vida, o futebol também
prefere observar cada jogo como uma decisão.
Então, cabe aos jogadores, membros da comissão
técnica e dirigentes voltarem o pensamento
e a energia para o próximo adversário:
o combalido Fluminense, no Maracanã. Os
três pontos são mais do que fundamentais:
quase uma obrigação de serem conquistados.
No momento, isso sim é o mais importante
para o futuro do Náutico.
Saudações
alvirrubras!
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