As duas faces da mesma
moeda
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 06 de Julho de 2009
Definitivamente,
as coisas não andam bem pelas bandas dos
Aflitos. Há tempos que o processo da ordem
natural saiu dos trilhos, e parece que os dirigentes
perderam o senso da realidade. Para ser mais preciso,
há seis rodadas que o Náutico sumiu
do mapa do Brasileirão 2009. O time
desandou em campo e hoje sequer sabe fazer gol.
A essência básica do futebol. Por
ironia, ou coincidência, desde a saída
do técnico Waldemar Lemos que o Náutico
está vertiginosamente desestruturado. Para
piorar o quadro, habita a zona de rebaixamento
há duas rodadas.
Entrar em conflito com
um ou dois nomes de possíveis culpados
por esta situação, para fazer linha
com a torcida alvirrubra - no caso aqui a opinião
pública em questão - não
atende a real necessidade de soerguimento de que
o departamento de futebol requer. É preciso
repensar o básico e partir para a ação
efetiva. Chega de empirismos estúpidos!
A experiência mostra
que é preciso mais do que dinheiro no bolso
para fazer um time, ou melhor, um grupo competitivo,
com responsabilidade e focado naquilo que é
o objetivo traçado pela diretoria de futebol
do clube. Quando existe algo concreto, esboçado,
então fica mais fácil até
mesmo para se cobrar dos jogadores. Caso contrário
vai se levando o barco a esmo até onde
as forças agüentam...
Mas esta postura amadora,
no sentido mais pejorativo do termo, tem sido
a tônica dos dirigentes que estão
à frente do Clube Náutico Capibaribe.
É lamentável constatar que não
existe planejamento, profissionalismo e espírito
vencedor nas hostes alvirrubras. Os fatos são
mais palpáveis e falam mais alto do que
qualquer brado de protesto, ou até de argumentos
questionáveis, falaciosos eu diria.
Não há como
negar que a ausência de esmero para com
os jogadores que são formados na base,
no Centro de Treinamento Wilson Campos, parece
não fazer parte dos planos do futebol profissional.
Na medida em o clube forma o atleta, e o vê
indo embora como se todo aquele esforço
de nada valesse, faz com que esta realidade seja
duramente criticada.
Não vejo justificativa
plausível para preterir um lateral esquerdo
como Wellington, quando o time não dispõe
de um jogador à altura. Depois, perder
um zagueiro como Diego Bispo, e ficar com um sofrível
Wagner, ou mesmo Asprilla, que podem ir embora
a qualquer proposta leiloeira que surgir, não
é admissível para quem quer permanecer
na elite do futebol brasileiro.
Pensar grande é
uma obrigação para quem pretende
ser dirigente de clube grande. Fazer carreirismo
político num clube de futebol é
a maior moleza para quem não dispõem
de visão político-social, mas que
deseja tirar proveito pessoal de uma situação
coletiva. Se por ventura o Náutico vier
a cair para a Série B, quem perderá
única e exclusivamente é o clube,
seus sócios e torcedores. Isso sem falar
na herança maldita que a próxima
gestão irá administrar.
Um alvirrubro de verdade
não quer ver a desgraça do Náutico.
Um alvirrubro de verdade seria profissional e
transparente com os episódios políticos-administrativos
que ocorrem no cotidiano do clube. Quem quer ver,
de fato e de verdade, o bem do futebol de Pernambuco,
anseia por mudanças drásticas no
atual cenário no qual se encontra o Clube
Náutico Capibaribe. O contrário
é tudo balela! Tenho dito.
Saudações
alvirrubras!
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