Só pra variar
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
Recife, 07 de Agosto de 2007
Que apresentação,
Náutico! O time alvirrubro está
de parabéns pelo futebol competitivo e
aplicado demonstrado em Natal. O América
que me perdoe, mas o Timbu mostrou por que está
credenciado a não mais conviver entre os
piores do Brasileirão 2007.
O maior placar imposto
pelo Alvirrubro até aqui na competição
(1 a 5), no Machadão, materializa o poder
de reação, no que diz respeito a
sair de vez da zona de rebaixamento. Já
são 11 rodadas naquela área da tabela
e, a partir do jogo contra o Figueirense, nos
Aflitos, nesta quarta-feira (8) será possível
romper a barreira dos quatro piores.
Nas últimas cinco
partidas fora do Recife, o Timba emplacou dois
empates e agora são três vitórias
consecutivas. Tal retrospecto começa a
gerar falsas impressões, análises
e desculpas sem o menor sentido. Coisa ridícula
mesmo! O fator mando de campo sempre fez a diferença,
historicamente, a favor do dono da casa.
Onde já se viu cronista
afirmar em matérias evasivas, sem consistência
jornalística nenhuma, de que esse ou aquele
gramado não favorece o rendimento de uma
equipe? Até mesmo jogador de futebol. Onde
praticam o futebol 11 atletas, de cada lado, não
se pode ouvir apenas a opinião de duas
ou três pessoas. É contraproducente!
Não quero ignorar
que existam gramados impraticáveis, como
o da Curuzu, em Belém, que pertence ao
Paysandu. Que por sinal está mais para
terreno baldio.
Talvez o gramado do Pinheirão,
na Vila Capanema, em Curitiba. Que inclusive fora
citado em entrevista pelo treinador do Botafogo,
Cuca, após o empate sem gols contra o Paraná,
neste domingo (5). Mas ele deixou claro que era
ruim para os dois.
Daí é que
vem a minha indagação. Então
porque os adversários do Náutico
souberam fazer gols, alguns até jogarem
muito bem, como Paraná e Cruzeiro, e ganhar
os jogos, hein?! Cabe aos jogadores procurar se
concentrar mais durante as partidas e fazer o
que sabem: atuar com garra, vontade de vencer
e fazer gols.
Aliás, vamos às
evoluções da equipe após
a 17ª rodada. A defesa já não
é a pior da competição. O
time mais iluminado, o América, já
tem 37 na sua desastrosa coleção
de fracassos. Depois vêm Cruzeiro (5º
colocado) e Sport (10º), ambos com 32 gols.
Mas a Raposa compensa com o melhor ataque, 36.
O Náutico está com a quarta defesa
mais vazada, com 30.
O panorama na zona de rebaixamento
é bem interessante. Mesmo com os seus 13
jogos, o aproveitamento do penúltimo colocado,
o Flamengo, é pífio: 12 pontos e
apenas duas vitórias. O Urubu é
o time que menos ganhou no Brasileirão
e tem quatro partidas a menos do que o Náutico.
O Juventude tem um jogo
a menos do que o Náutico, e dois pontos
também: 15. Mas a vantagem do time pernambucano
está na quantidade de gols a favor: 23
contra 19. Ambos venceram por quatro vezes no
campeonato.
Na área neutra -
do 12º lugar até o 16º - Paraná
(23), Figueirense (23), Fluminense (22), Corinthians
(20) e Atlético Paranaense (19) são
nesse momento os times que nos interessam. Observe
que ganhar do Figueira será muito importante
às pretensões do Náutico.
A atitude será fazer
o dever de casa e depois secar Atlético/PR
e Corinthians. Eis a receita para abandonar a
rabeira e partir para um lugar ao sol no Brasileirão
(apesar de paradoxalmente o mais iluminado ser
o último). O Atlético/PR recebe
o Flamengo na Arena da Baixada, enquanto o Juventude
encara o Fluminense, no Alfredo Jaconi. Acho que
o empate seria o ideal para o Náutico nesses
confrontos, todos realizados nesta quarta-feira
(8).
O número de vitórias
de Náutico, Juventude, Corinthians e Atlético
Paranaense é igual: quatro. Já o
Fluminense tem uma a mais e, portanto, seria importante
o tricolor carioca não ganhar.
Já no jogo do dia
seguinte, entre Vasco e Corinthians, aí
seria interessante o time carioca vencer. O Grêmio
recebe o América, no Olímpico e
qualquer resultado será indiferente.
Avante, Náutico!
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