Reviravolta já
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
Recife, 07 de Agosto de 2008
No fundo
do poço. O Náutico oscilou tanto
neste Brasileirão 2008 a ponto de atingir
a liderança da competição,
na segunda rodada, e agora está abrindo
alas na zona de rebaixamento. A equipe alvirrubra,
que esteve no G-4 da Libertadores até a
oitava rodada, agora ocupa a 17ª posição,
após 18 partidas. Das oito sem vencer,
somente um ponto conquistado. A marca negativa
de cinco derrotas consecutivas não deixa
fôlego para o Timbu respirar na competição.
Neste domingo (10) é dia de reação.
Não há mais tempo a perder!
A seqüência
de confrontos diretos começará num
momento mais do que crucial par o Náutico
iniciar a reação. Os jogos a seguir
contra Santos, Goiás e Fluminense, por
exemplo, terão um aspecto estratégico.
Caso contrário, só restará
juntar os cacos e voltar a disputar a Segunda
Divisão, em 2009.
Como não adianta
ficar pensando no futuro sem cuidar do presente,
o próximo adversário a ser encarado
é o Peixe. Também em crise e precisando
ganhar para não afundar ainda mais na zona
de degola, o time santista deve sofrer na pele
a reviravolta timbu, com muita emoção
ou não.
Independente de quem vier
a entrar em campo para jogar, a vitória
se faz necessária a todo custo. Não
importa quem fará os gols, quem dará
o passe, mas, desta vez, a bola terá que
entrar. A aplicação e vontade de
vencer estiveram presentes no confronto diante
do Atlético Paranaense. O resultado foi
adverso, porém ninguém se omitiu
em suar a camisa, como ocorreu em partidas anteriores
por parte de algumas peças raras.
O espírito de luta
incorporado pelo atacante Kuki, que entrou no
segundo tempo contra o CAP, no lugar de Gilmar,
deve ser utilizado como exemplo a ser seguido
pelo grupo. O baixinho chutou em gol, deu um passe
mais do que perfeito para Felipe (que chutou com
displicência em cima do goleiro Galatto)
e, como sempre faz quando está em campo,
ainda ajuda na marcação e na saída
de bola do adversário.
A expulsão de Maurinho
foi contingência do jogo e ele fez o que
pôde enquanto esteve em campo. Mesmo após
a sua saída, aos 20 minutos da etapa final,
o Náutico manteve a pressão e poderia
ter igualado a partida. Desta vez, o goleiro Eduardo
não falhou, e também não
pode ser apontado, diretamente, como o fator que
gerou a quinta derrota seguida. Sem balançar
a rede adversária fica impossível
ganhar.
O aspecto positivo que
tirei deste revés foi o da determinação
em buscar um resultado favorável. No entanto,
ressalve-se que o Furacão atuou nos seus
domínios e que, fora de casa, esta circunstância
seria tida como natural. O agravante é
a situação calamitosa na qual o
Náutico encontra-se hoje.
Contudo, a solução
será erguer a cabeça e partir para
a reação. O Caldeirão Alvirrubro
estará composto por torcedores que ainda
acreditam numa reviravolta do grupo. E amam o
Clube acima de tudo. O Náutico tem como
característica maior a força da
sua camisa, tradição e, é
claro, da sua fiel e entusiasmada torcida. Sempre
presente com o time, em qualquer circunstância.
Independente de resultados. Ninguém chega
a 107 anos de existência por acaso.
Mas é preciso os
jogadores compreenderem que quem pode resolver
a questão, nas quatro linhas, são
eles. Torcida joga junto, mas não entra
em campo. Caso contrário o Corinthians
não teria caído para a Série
B, e nem o Flamengo estaria em franca decadência
neste momento.
O que passou, passou. Não
importa. Vamos dar mais um crédito ao time,
pois, em termos psicológicos, um resultado
positivo mudará tudo. É esquecer
que existe gente atrapalhando, como na diretoria
de futebol, e concentrar as energias contra os
adversários e adversidades dentro do gramado.
Só depende de nós:
alvirrubros de todas as circunstâncias.
Quem viver, verá...
Avante, Náutico!
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