Só pra contrariar
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 10 de Maio de 2009
A campanha
que o Náutico realiza no Brasileirão
09 é de regularidade. Após cinco
rodadas, o Timbu ocupa a quinta colocação,
com oito pontos, e somente uma derrota
fora dos Aflitos. Apesar de a equipe ainda estar
em formação, manter-se entre os
melhores da competição é
fundamental para que o treinador Waldemar Lemos
obtenha a tranquilidade necessária para
dar continuidade ao trabalho junto ao grupo de
jogadores. Porém, será preciso mais
cinco ou seis jogos para que o time apresente
um conjunto consistente.
As alternâncias na
formação do time já começam
a ocorrer com mais intensidade e, naturalmente,
são provocadas por várias razões
tais como: cartões amarelos, expulsões,
regularizações (estreias) e, até
mesmo, contusões de atletas. Vale destacar
que mudanças por opções técnico/táticas
também fazem parte do contexto. Mas é
preciso estar atento ao aspecto físico
porque acredito ser este um fator preponderante
para o bom desempenho das equipes, no decorrer
dos jogos.
Quanto às falhas
de arbitragens (em alguns casos penso que se trata
de gatunagem mesmo), creio que este tem sido o
fator de desequilíbrio da competição.
Aliás, com raras exceções,
este tem sido um episódio bastante regular
na maior parte dos jogos realizados até
aqui, na Série A 2009. É lastimável
que a tal comissão nacional de arbitragem
faça vista grossa e não aplique
nenhum tipo severo de punição aos
incompetentes árbitros que compõem
este ilustre quadro de árbitros Fifa
e aspirantes.
Quem acha que arbitragem
não mais interfere no resultado do contemporâneo
futebol brasileiro, pergunte ao ex-presidente
do Corinthians, Alberto Dualib, e ao ex-árbitro
Edílson Pereira de Carvalho, de que forma
o título de 2005 foi parar em Parque São
Jorge! Na dúvida, também consulte
o ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho,
para não ouvir apenas a versão
dos vencedores.
A questão é
que o futebol não é uma ciência
exata e, portanto, não funciona de maneira
hermética, lógica. Não que
planejamento e profissionalismo não sejam
pré-requisitos para esta primeira década
do século 21, mas porque a discrepância
e a falta de critério são a realidade
do mesquinho futebol do Brasil. Com suas visões
centralizadoras e preconceituosas, que remontam
ao feudalismo regional e o iminente empobrecimento
da modalidade fora do eixinho viciado de sempre.
Assim, o Náutico
deve se focar na sua realidade, que é de
uma das menores cotas da competição,
ao lado do Avaí (o incrível é
que depois de 30 anos ausente da elite, o time
sulista recebe o mesmo quantitativo financeiro
que o Timbu, ou seja, o critério é
político e não meritório!),
e buscar com um futebol de garra, tradição,
camisa e da força da sua torcida, uma vaga
numa competição internacional...
Só pra contrariar muita gente por aqui
e pelo País afora... Dá-lhe, Náutico!
Avante, Náutico!
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