O efeito Edílson
Pereira de Carvalho
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 10 de Novembro de 2008
O fator
mérito é abordado frequentemente
por cronistas esportivos durante os jogos do Brasileirão.
Acho o critério (?) no mínimo estranho,
pois eles não estão avaliando o
poder judiciário, nem mesmo julgamentos
públicos que envolvem omissão ou
absurdos escandalosos que costumam ocorrer nos
tribunais brasileiros. Quando se avalia uma partida
de futebol, afirmar ou achar que este ou aquele
time mereceu ganhar, empatar ou perder se torna
algo evasivo, sem lógica, sem sentido mesmo.
Afinal de contas, jogo envolve sorte ou revés
e isso sim é que faz do futebol uma modalidade
na qual nem sempre vence o melhor.
E é justamente partindo
deste princípio que questiono essa pseudo
avaliação de que esse ou aquele
resultado seja justo ou injusto. Ora,
de que vale uma equipe obter maior posse de bola
se a outra teve a competência de numa única
escapada fazer o seu gol e garantir o resultado
a seu favor? É assim que funciona a situação,
e é por isso que futebol não tem
lógica. E por que então em clássico
não tem favorito?
Bom, dito isso, vamos ao
que interessa. O empate do Náutico com
o Coritiba não foi o melhor resultado,
mas também não pode ser descartado.
Cada ponto somado é importante nesta reta
final e com mais este, o Timbu continua a depender
dos próprios pulmões para escapar
do rebaixamento. É claro que vencer o Cruzeiro
se tornou imprescindível ao objetivo alvirrubro
na competição. Mas este é
o principal foco e a Raposa é quem vai
pagar o pato!
Que não será
um jogo fácil, prefiro observar que, até
aqui, nada tem sido moleza para o Náutico.
Aliás, um dos adversários que mais
fazem e no caso do Náutico têm
feito a diferença -, são as arbitragens
tendenciosas. Algumas até mesmo perseguidoras.
Esta não foi a primeira vez que o apitador
Carlos Eugênio Simon prejudicou ao Alvirrubro,
nesta competição. Ele apenas reincidiu
ao não marcar um pênalti a favor
do Náutico.
A sua estréia
foi contra o Cruzeiro, no Mineirão, na
16ª rodada (30 de julho). Eram passados somente
14 minutos de jogo e a partida já estava
1 a 0 para os mineiros, quando ele resolveu inventar
um pênalti absurdo para a Raposa. O pior
é que o Náutico reagiu e empatou
o jogo aos 22 minutos, mas desta vez foi o seu
assistente quem meteu o garfo e invalidou um gol
legítimo do Timbu. Pois é, para
quem não lembra, isso sim é questão
de injustiça!
O fato é que a gangue
dos 13 e as suas ardilosas manobras pela manutenção
de membros como Vasco, Fluminense, Portuguesa,
Santos e até mesmo Atlético Paranaense
tardam, mas não falham. O que puder ser
feito para evitar a queda destes times citados,
e outros também, já está
sendo feito. É como diria a música
de abertura do programa dominical das 20h que
passa na dona do campeonato brasileiro: Olhe
bem, preste atenção, nós
temos mágicas para fazer.... Para
os incrédulos, ou inocentes, as mágicas
começaram a acontecer, como na partida
em São Januário, quando o Vasco
conseguiu ganhar do Santos com um pênalti,
que seria uma falta da entrada da área.
Por sinal, achei que o
lance capital ocorrido aos cinco minutos de partida
não seria reprisado durante a transmissão.
Fiquei estupefato porque o puxão do zagueiro
coxa Felipe no meia timbu Wellington só
fora repetido uns cinco minutos depois. O absurdo
ficou maior no show do intervalo,
pois o lance fora omitido e simplesmente não
passou ao telespectador! (como é que é
mesmo a falácia: a gente se vê
por aqui).
A torcida do Náutico
deve entender que o momento é difícil,
porém nada é impossível quando
se depende única e exclusivamente do próprio
futebol para se manter na divisão de elite
do ainda bastante duvidoso futebol brasileiro.
Ou você já se esqueceu como o Corinthians
conquistou o título nacional
em 2005?
Nem critério, nem
memória, muito menos escrúpulo!
Este é o perfil que muitos insistem em
omitir, mas que nem todos estão a fim de
engolir como sendo a razão, a verdade
e a vida do Campeonato Brasileiro de Futebol
(?). Onde anda o ex-árbitro Edílson
Pereira? Afinal de contas o Coringão
está de volta à elite do futebol
brasileiro...
Avante, Náutico!
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