Gangorra do amadorismo
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 15 de Março
de 2010
A minha
preocupação com a formação
do time do Náutico ainda permanece. Não
é admissível que, em plena metade
do mês de março, ou seja, com mais
de dois meese de iniciada a temporada, a equipe
comandada pelo técnico Gallo não
apresenta uma cara, não tem personalidade
formada e muito menos um nível compatível
de competitividade. Com este perfil amplamente
desfavorável, o Náutico terá
que suar muito a camisa para se classificar entre
os finalistas do campeonato pernambucano 2010.
Sem um futebol regular
e com dificuldade para sustentar resultado até
mesmo com um dos piores times do estadual, o Sete
de Garanhuns, será preciso ao torcedor
alvirrubro apelar para os deuses do futebol. Não
gostaria de expor minha opinião, mas a
lamentável conclusão a qual chego
é de que a jornada timbu em busca do título
pernambucano será repleta de dificuldades
além das previsíveis. Quase um feito.
Antes de o Náutico
estrear na Copa do Brasil 2010, eu achava que
o time estaria formado. Puro engano. No Pernambucano
já se foram 15 rodadas e apenas em duas
delas o time timbu pôde ser repetido. A
ausência de um planejamento da diretoria
de futebol reflete-se dentro das quatro linhas
e o estorvo é esse que temos que engolir.
Até a realização
da inter-temporada, a partir de junho, com o início
da Copa do Mundo da África do Sul, o sofrimento
será a tônica alvirrubra. No momento,
o legado desagradável tem que ser administrado
pelo treinador e sua comissão técnica:
a falta de tempo hábil para realizar treinamentos.
Sem poder corrigir os constantes
erros apresentados pelo sistema defensivo, jogo
após jogo, as falhas no posicionamento
e na falta de cobertura impressionam negativamente.
Setores como meio-campo e defesa não têm
uma consistência e isso desestabiliza toda
a equipe. Com isso, o Náutico não
tem a tranquilidade necessária para vencer
sequer uma partida, a não ser na base do
sufoco.
Porém, não
adianta ficar lamentando enquanto os concorrentes
trabalham e ganham confiança e entrosamento
na busca pelo troféu maior do futebol estadual.
A solução é encarar os desafios
como se fossem a última oportunidade de
conquistar algo significativo nas carreiras de
jogadores, diretores e comissão técnica.
Futebol não tem
lógica, mas visão profissional,
como formação de atletas e compromisso
com os resultados exigem mais do que meros cidadãos
esforçados no comando administrativo de
um clube sócio-esportivo da envergadura
do Clube Náutico Capibaribe. Chega de improvisação!
Saudações
alvirrubras!
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