Começar de novo
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 17 de Fevereiro de
2009
Encerrado
o primeiro turno do campeonato pernambucano 2009,
um misto de frustração e não-perspectiva
de futuro melhor para o Náutico toma forma
de realidade. Das 11 partidas oficiais realizadas
até aqui, o Timbu ganhou seis, empatou
quatro e perdeu uma. A derrota veio justamente
para o maior rival, de quem acabou separado por
nove pontos de diferença na tabela, numa
decepcionante terceira colocação.
Entre desculpas e um início equivocado
na temporada, sobraram falhas e erros que são
cometidos ano após ano no Clube Náutico
Capibaribe.
Contudo, já não
há mais tempo a perder, e agora é
pensar no segundo turno. Por sinal, o recomeço
será tão ou mais complicado do que
foi o pontapé inicial, nesta competição.
O técnico Roberto Fernandes alega que não
pôde repetir a mesma formação
sequer em duas partidas seguidas. Isso dificulta
a vida de um time de futebol. A falta de tempo
hábil para treinar, reabilitar jogador
(em termos físicos) e aprimorar entrosamento
foram os fatos notórios e relevantes ocorridos
ao longo de pouco mais de 30 dias entre jogos,
curtos intervalos e treinamentos.
Como se não bastassem
as dificuldades naturais encontradas
pelo caminho, o Náutico ainda teve obstáculos
extras, como as más arbitragens do Pernambucano,
que por sinal é a única coisa que
não muda nesta competição.
Ao contrário dos atletas, estes caras com
apito na boca e bandeirinhas nas mãos,
não entram em pauta no Tribunal de Justiça
Desportiva local, e, portanto, estão livres
para cometer erros e seguir impunes as suas absurdas
falhas consecutivas.
Ora, não quero corroborar
com as desculpas de sempre da diretoria e nem
do treinador, mas está na hora de uma mudança
de atitude na Conselheiro Rosa e Silva. O Náutico
fez até boas contratações,
mas ainda não conta com todos os jogadores
disponíveis. Eu afirmo isso em termos clínico
e físico. É inconcebível
que às vésperas de iniciar o mês
de março, os departamentos médico
e físico do clube tenham mais atletas disponíveis
do que no técnico! Paciência... (se
é que é possível haver espaço
para tal proeza).
Intercalado ao Estadual,
o Náutico terá uma estreia na Copa
do Brasil, dia 4 de março, contra o Moto
Clube, em Teresina. A obrigação
de passar de fase, já no primeiro jogo,
se torna imprescindível aos planos do Alvirrubro.
Por uma questão de lógica: quanto
menos jogos disputar, mais possibilidades de não
perder atletas por contusões ou cartões
haverá. Mas isso não acontece de
forma hermética nem aleatória no
futebol. Sem a confiança necessária
dos jogadores e comissão técnica
para conquistar a classificação
em 90 minutos, o jogo deve se tornar complicado.
Até porque não tomar gol está
se tornando uma missão difícil nos
Aflitos. Quase impossível.
Cabe ao treinador juntar
os cacos e refazer a equipe, em termos de manter
a cabeça no lugar. Capacidade técnica
todos têm e acredito que esteja faltando
apenas empenho profissional, ou seja, comprometimento
da parte de alguns. Porém, como reza o
dito popular entre os boleiros: Quando o
time ganha, ganham todos.... Então
o mesmo vale para o lado antagônico desta
questão.
Avante, Náutico!
|