Controvérsia e
esperança
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 12 de Agosto de 2009
Não
conquistar uma vitória, ou mesmo um empate,
fora de casa custou caro ao Náutico. É
bem verdade que o árbitro brasiliense Wilton
Pereira Sampaio (guarde bem este nome, torcedor)
melou a situação do Timbu na partida
contra o Avaí ao não assinalar pênalti
no final do jogo. Não quero desviar o foco
e transferir a culpa para a arbitragem, mas ter
que jogar contra a competitiva equipe catarinense
e, de quebra, ficar à mercê de uma
arbitragem dirigida é bem mais complicado
para um time que aspira deixar a zona de rebaixamento
da Série A. Não precisa daquela
nojeira toda! Cadê a comissão brasileira
de arbitragem agora?!
Reconheço que a
equipe alvirrubra poderia ter tido uma melhor
postura naquela partida, em especial ofensiva.
Porém, nada justifica o árbitro
deixar de aplicar a regra do jogo e assinalar
o que aconteceu dentro das quatro linhas. É
claro que a gente só reclama quando é
prejudicado, ninguém do Avaí vai
falar sobre isso, né! O pior é que
o resultado não veio e a permanência
na zona de rebaixamento foi a decepção
nesta primeira metade do Brasileirão 2009.
Até mesmo um empate serviria para tirar
o Alvirrubro do convívio entre os últimos
colocados, pois o Santo André perdeu em
casa para o Internacional.
Assim sendo, o técnico
Geninho terá que manter a linha de trabalho
e focar os jogadores em vencer o Goiás,
nesta quinta-feira (20), nos Aflitos. Como já
é do conhecimento geral, a missão
do Náutico não será nada
fácil, devido à excelente campanha
que realiza o time goiano, em especial quando
atua fora do Serra Dourada. Mas é como
se diz no adágio popular: Se a vida
lhe der um limão, faça dele uma
limonada. Por feliz coincidência,
o Goiás é o tal limão na
vida do Náutico. Voltar a vencer nos Aflitos
será a doce conversão para tornar
o ambiente menos tenso, mais propenso ao acerto.
Então, não
resta tempo para lamentar, reclamar ou ficar a
imaginar essa ou aquela realidade perdida. No
pouco espaço de tempo hábil é
buscar aprimorar quem estiver melhor, e, só
para variar, mais uma vez improvisar atletas.
Aliás, esta tem sido a máxima de
Geninho desde que assumiu o comando técnico
do clube, há nove jogos. Somente os três
pontos interessam.
Que o Avaí está
em ascensão na competição,
isso ninguém discute. Mas o curioso foi
ver a atuação tendenciosa de uma
arbitragem que minou o Náutico em todos
os aspectos. Não usou do mesmo critério
nos cartões e até mesmo ignorou
algumas faltas sofridas pelo time pernambucano.
O que acho estranho é que, mais uma vez,
houve jogador alvirrubro expulso (por coincidência
o zagueiro Wagner, de novo) e agora até
pênalti não foi marcado. Estão
ficando cada vez mais mesquinhos.
Na minha leitura, mesmo
o Avaí não sendo membro do Clube
dos 13, e já estar brigando, no mínimo
por uma vaga na Copa Sul-americana, o apito
amigo só poderia estar a serviço
do desesperado Fluminense. O timinho das Laranjeiras
jogou um dia depois, sabendo do resultado, mas
foi incompetente e perdeu no Maracanã para
outro adversário direto na briga contra
o rebaixamento, o Coritiba. É bom o colegiado
alvirrubro estar atento ao extra-campo porque
as arbitragens enviesadas começaram
a ocorrer. Quer exemplo melhor do que a que houve
na Ressacada?
O cenário no clube
alvirrubro está nebuloso, mas não
adianta fitar o horizonte agora, fazer projeções
ou contas para prováveis possibilidades.
O caminho é um só: ganhar do Goiás
e seguir firme, no intuito de fugir desta situação
incômoda e irritante para a torcida alvirrubra
que é estar habitando a famigerada zona
de degola.
Saudações
alvirrubras!
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