Derrotas e Derrotas
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
Recife, 22 de Setembro de 2008
A derrota
faz parte do jogo. Quando é fora de casa
então, é quase normal. Quase. Não
fosse pelo rendimento apresentado pelo Náutico
no primeiro tempo, sábado (20), no Mineirão,
quando a equipe dominou o Atlético Mineiro,
exerceu e impôs uma forte e competente marcação
sobre adversário, mas não soube
converter em gol as oportunidades criadas, o resultado
poderia ter sido considerado como previsível.
Mas não o desenrolar dos fatos não
foi assim e a série invicta de quatro jogos
já não existe mais.
Não adianta jogar
concentrado em apenas 45 minutos. Deixar de emplacar
duas vitórias seguidas longe do Eládio
de Barros Carvalho pode custar caro ao Náutico,
neste Brasileirão 2008. E quando o adversário
está na briga direta pelo mesmo objetivo,
aí é que o caldo entorna. Mais um
revés fora cometido quando a expectativa
de todos os alvirrubros era de êxito.
Vencer o Galo no Mineirão
significaria ao Timbu ostentar a 12º colocação,
de maneira isolada, com 32 pontos e nove vitórias.
Porém, isso não foi possível
e agora é se contentar em permanecer na
13ª posição, com os mesmos
29 pontos e oito vitórias. Pelo menos por
enquanto. Há quem diga que no futebol existem,
no mínimo, dois lados de uma vertente.
Só para começar...
Se o Alvirrubro não
está menos sufocado, em 12º lugar,
pelo menos não está novamente com
a corda no pescoço. É que os outros
resultados da 26ª rodada, mais uma vez, foram
favoráveis ao Náutico. As derrotas
de Santos, Figueirense e Vasco, bem como o empate
do Atlético Paranaense diante do líder
Grêmio, na Arena da Baixada, manteve o Timba
estável.
Porém, que esse
vacilo sirva de alerta para que o desespero não
torne a rondar as bandas da Rosa e Silva. Faltam
12 jogos para o final do Brasileirão e,
daqui por diante, as dificuldades tendem a aumentar.
Tornar as coisas simples e fáceis é
o dever de quem precisa ratificar a condição
de aspirar a uma competição oficial,
ou ter que ser rebaixado de divisão. Eis
o destino que está por vir, em apenas 12
jogos.
Talvez por conta disso,
a 27ª rodada venha com um desafio dos mais
empolgantes para o Náutico: derrotar o
vice-líder Palmeiras e ratificar a condição
de reabilitação que a equipe vinha
exercendo, há quatro dos últimos
cinco jogos. As condições técnicas
agora são diferentes e a superação
terá que fazer parte do contexto dos jogadores
para evitar que o pior aconteça aos donos
da casa. As duas equipes têm objetivos distintos
e vão buscar os três pontos a todo
custo. Caberá ao torcedor timbu o papel
de desequilibrar a favor do Náutico. Domingo
(28) é dia de vitória do Náutico
e o dever do torcedor é prestigiar o time.
Por outro lado, caberá
ao técnico Roberto Fernandes corrigir os
repetidos erros cometidos pelo time, ao longo
do campeonato, e procurar melhorar nas finalizações.
Sem gol fica difícil ganhar jogo de futebol.
Não é mesmo Parreira?!
Enquanto isso, nos demais
jogos, o Atlético Mineiro recebe o Figueirense,
no Mineirão, no sábado (27). Derrota
do Figueirense ou empate seria o ideal para o
Náutico. Outros quatro jogos interessam
diretamente ao Timbu. Na Vila Belmiro, o Santos
encara a Portuguesa no clássico dos desesperados.
O empate seria muito bom. No Engenhão,
no Rio de Janeiro, outro confronto clássico.
Neste caso, Botafogo e Fluminense jogam por razões
distintas. Para o Náutico, o melhor será
a vitória dos mandantes. Já no Couto
Pereira, o Coritiba enfrenta o Atlético
Paranaense e a vitória do Coxa Branca seria
perfeita. Por fim, o Ipatinga joga contra o Vasco,
no interior de Minas e o empate será muito
bem-vindo, pois manteria ambos sem perspectivas.
Avante, Náutico!
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