Enquanto (ainda) há
vida
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 22 de Setembro de 2009
O sentimento
de preocupação para com a sorte
do Náutico neste Brasileirão 2009
voltou a fazer parte da minha análise.
O que antes parecia estar encaminhado, agora torna-se
motivo de apreensão e dúvida quanto.
Estou falando especificamente da permanência
do Alvirrubro na elite em 2010. Quem quiser enxergar
o momento turbulento pelo qual passa o clube,
é só olhar para ver: atletas contundidos,
suspensos e até mesmo com ausência
de qualidade técnica de alguns são
gritantes.
A derrota para o Grêmio
me incomodou menos pelo resultado, e mais pela
forma como a equipe se portou em campo durante
os sofríveis 90 minutos. Não vi
o goleiro Victor trabalhar tanto como esperava.
E muito menos os chutes desferidos pelos alvirrubros
is em direção à barra, aquele
retângulo branco onde e rede fica e deve
estufar para que uma equipe vença a outra.
Mais uma vez, o colegiado
de futebol do Timba terá que mostrar, de
fato, que é competente e que não
está no clube apenas para ganhar notoriedade
e dinheiro fácil. O maior objetivo do Náutico,
infelizmente, será o de não voltar
ao caos do retrocesso, ou seja, não voltar
ao limbo da Série B. A tarefa parecia estar
bem encaminhada, mas a impressão durou
pouco.
A saída do atacante
Gilmar para o exterior é algo natural para
qualquer clube do Brasil. Faz bem, oxigena e traz
dividendos para a agremiação. Agora,
o que não considero normal é a falta
de atitude para substituir o atleta. Não
foi nenhum imprevisto a negociação
do jogador. Então, o que incomoda ao torcedor
é não ter visto ação
profissional por parte dos responsáveis
em trabalhar de maneira ágil e competente
para não deixar o Náutico perder
o rumo na disputa nacional.
O técnico Geninho
não externou isso, mas aposto que o seu
sentimento passa por esta lógica: se os
dirigentes não agirem a tempo, os jogadores
vão seguir o mesmo mau exemplo e deixar
a canoa virar! Não falo das
inexplicáveis contraturas musculares que
assolaram os Aflitos, mas a contratação
de jogadores pífios, sem a mínima
condição de vestir a camisa do Náutico
numa Série A.
Até entendo que
o atacante Márcio Barros não tem
culpa de aceitar um bom contrato no clube. Até
porque ninguém de bom senso (para não
dizer de má fé) contrataria uma
coisa daquela para reforçar
a sua equipe numa competição do
nível do Brasileirão. Principalmente
depois que ele foi barrado da disputa
de uma estreante quarta divisão nacional!
Tente entender e me explique, se for capaz!
Se não bastasse
o nível pífio daquele atacante,
o uruguaio Beto Acosta voltou para fazer o que
não fez em 2007: tirar até o último
centavo do clube. Desta vez, sem jogar bulhufas
e ainda com o descarate de não fazer sequer
um gol! Não dá pra aguentar tanta
bisonhice e ficar calado, né, senhores
do colegiado alvirrubro!?!
Espera-se que se dê
um basta nestas e noutras situações
absurdas que veem ocorrendo no clube ao longo
desta gestão, e que o Náutico passe
de uma enfermaria alternativa para um time de
verdade, competitivo, que saiba jogar uma modalidade
esportiva conhecida por futebol. Os desmandos
administrativos no clube estão chegando
a um ponto que, se assim continuar, vamos precisar
de um zé do gás para
tomar as providências cabíveis...
Tenho dito.
Saudações
alvirrubras!
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