Sem dó nem piedade
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
Recife, 23 de Outubro de 2007
E o Náutico
ganhou mais uma no Brasileirão 2007. Não
falo apenas da segunda vitória conquistada
diante do Corinthians nesta edição
do campeonato brasileiro, mas sim da quinta seguida
no Eládio de Barros Carvalho. Ou melhor,
no Caldeirão Alvirrubro. O resultado, confesso,
já era esperado. Mas a maneira como ele
se desenhou, ah, essa nem eu poderia imaginar
tanta crueldade e competência da parte do
time de melhor campanha no returno. Ao menos em
Pernambuco.
Quem imaginaria que depois
de quase 90 minutos de muita persistência,
e inúmeras chances de gols desperdiçadas,
a vitória viria numa penalidade marcada
com veemência pelo apitador Heber Roberto
Lopes, no finalzinho?
Aquele mesmo que tirou
o Náutico das semifinais da Copa do Brasil
2007 diante do Figueirense, quando anulou nada
menos do que quatro gols do Timba, no Orlando
Scarpelli! Alguém lembra disso? Pois é...
Ao menos ele teve a coragem,
e a dignidade, de cumprir o regulamento. Depois
de inverter algumas faltas e matar na unha o time
e a torcida alvirrubros - a sua tendenciosa arbitragem
já estava dando na cara -, aí o
apitador Fifa cansou de bancar o papel do camisa
12 do timinho, em campo, e fez valer a decência
no futebol brasileiro. Melhor para o Náutico.
Pior para eles.
O mestre Geraldo pegou
a bola e colocou-a na marca da cal. Ao trilhar
do apito, só esperou o esforçado
goleiro corintiano cair para a direita e empurrar
a bola para o fundo das redes adversárias
com precisão, do outro lado. Festa e delírio
alvirrubro no Caldeirão!
É Felipe. Você
precisa treinar mais um pouquinho para chegar
ao posto que "pretende" (ou que a imprensa
paulista quer lhe ver): a Seleção
Brasileira. Boa sorte e passar bem. O Náutico
tem uma Sul-Americana para buscar a classificação,
tchau!
Estádio lotado,
torcida festiva e confiante, time vibrante e competitivo.
O panorama não poderia ser diferente. E
o Náutico correspondeu à altura.
E nada melhor do que um pênalti decisivo,
ao acender das luzes! (o jogo começou às
15h e os refletores não estavam acessos)
para mostrar ao Brasil, e por que não,
ao planeta bola, que o mundo girou!
A reviravolta do Náutico
é prova inconteste de que o time deve e
tem que ser respeitado por quaisquer equipes neste
campeonato. O fato de abrir cinco pontos de vantagem,
além de três vitórias a mais,
sobre o 17º colocado não é
motivo pra se baixar a guarda por parte dos jogadores
e demais profissionais da comissão técnica.
Depois de superar o superado
time de Parque São Jorge, chegou a hora
de ir a Porto Alegre jogar contra os gremistas,
no Olímpico. Aquele time que acredita que
dar pancada é jogar "com raça".
É partir para conquistar mais três
pontos e, assim, ratificar a permanência
na Série A, em 2008.
Avante, Náutico!
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