Em busca da regularidade
perdida
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 24 de Agosto de 2010
O Náutico
e suas incríveis oscilações
nesta Série B 2010. É assim que
a jornada do Timbu na competição
vem se configurando, rodada a rodada. Desde a
retomada da competição, após
o retumbante fracasso da Seleção
Brasileira da inédita Copa do Mundo no
continente africano, o Timbu não atingiu
um patamar que ofereça segurança,
ou confiabilidade, necessárias ao torcedor
alvirrubro. Ganhar ou perder faz parte do jogo,
mas um time precisa de um padrão de jogo
definido. E isso o Náutico ainda não
tem.
Apesar
dos adversários até contribuírem,
com derrotas surpreendentes e inesperadas, o time
dos Aflitos não corresponde e corre o sério
risco de ver o G-4 cada vez mais distante. A forma
bisonha como o Náutico perdeu para o Icasa/CE,
no sertão do Cariri cearense, me decepcionou.
O acesso à primeira divisão é
obrigação, uma vez que a equipe
profissional nada conquistou de significativo
nesta temporada.
O técnico
Alexandre Gallo e sua comissão técnica
vêm desenvolvendo um sério e competente
trabalho. Isso requer tempo e regularidade. Mas
têm no seu encalço uma pressão
que emana dos resultados da equipe, nas quatro
linhas do gramado. Reconheço a limitação
técnica de alguns atletas e a financeira,
por parte da diretoria de futebol do clube. Mas
a política isolacionista adotada pelos
dirigentes é, lamentavelmente, camicase,
ou seja, suicida.
Não
é o momento de criar arestas, mas apará-las
para se poder colher os frutos de uma união
legítima, sem rusgas. União em tempo
hábil. Ainda há muita disputa a
se travar em campo e é possível
atingir o tão almejado objetivo: voltar
à Série A em 2011. Basta observar
a campanha do Náutico até aqui.
Ao longo de 15 jogos, conquistou oito vitórias,
somou 27 pontos, apesar de ter obtido um pífio
saldo negativo de dois gols.
Neste capítulo,
aliás, o ataque está em débito.
Em 15 partidas marcou somente 22 gols, enquanto
o setor defensivo tem amargado o contexto negativo
de ter sido vazado por 24 vezes. Uma média
alta para quem pretende fazer uma campanha regular
e, por conseqüência, subir de divisão.
Há de se concertar esta falha, enquanto
ainda existe tempo hábil.
Enquanto
isso, o departamento de marketing do clube tenta
a sua última cartada, em 2010. A meta de
10 mil sócios até que não
é difícil de atingir, mas é
preciso que os profissionais daquele setor entendam
que a ordem natural é o torcedor (público
alvo) ser convencido a consumir o produto (campanha
do clube). E não o inverso. A inversão
de valores leva a uma conclusão equivocada
da realidade. Pense nisso.
Retorno
- Ao leitor (a) desta coluna, peço desculpas
pela minha ausência do setor desde o mês
de maio. Depois de resolvidas pendências
de ordem pessoal estou de volta ao convívio
dos internautas da Nauticonet. Porém, retorno
num momento importante para toda a família
alvirrubra nos quatro cantos do Brasil e deste
planeta que habitamos. Vamos em frente Náutico,
e rumo à Série A em 2011. Até
a vitória!
Náutico acima de tudo!
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