É primavera!
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
Recife, 25 de Setembro de 2007
O dia
23 de setembro marca o início da estação
que antecede o verão: a primavera. Mas
o mês de setembro vem sendo marcado como
um período de franca recuperação
do Náutico no Brasileirão 2007.
Em cinco partidas, um empate e quatro vitórias
consecutivas. A conquista de 13 dos 15 pontos
disputados credenciam a escalada de superação
que o time alvirrubro apresenta há muito.
Apesar de existirem defeitos no aguerrido grupo
comandado pelo competente treinador Roberto Fernandes.
A saída do Náutico
da zona de rebaixamento, após quatro vitórias
seguidas ratifica a condição de
uma equilibradíssima Série A. Se
não em relação aos extremos
- o São Paulo lidera de forma isolada,
enquanto o América amarga a sua inseparável
lanterna -, nas demais posições
está tudo por em aberto. Ou alguém
se habilita em adivinhar o futuro?
É interessante lembrar
das colocações feitas por cronistas
desportivos do Brasil afora antes, ou mesmo durante
as cinco primeiras rodadas, de que "seriam
necessárias dez rodadas para se fazer qualquer
prognóstico." Vinte e sete rodadas
depois a incerteza continua e, do nono colocado
(Internacional, com 36 pontos e dez vitórias),
ao 19º (Juventude, com 27 pontos e sete vitórias)
nada está definido.
Isso porque Inter, Sport
e Goiás têm dez vitórias;
Atlético/PR, Figueirense, Atlético/MG
e Náutico têm nove; e Flamengo, Corinthians
e Paraná oito deixam a questão do
rebaixamento pra lá de efervescente. A
cada rodada os três pontos serão
muito mais valorizados do que antes. Cada tropeço
pode significar a queda para a degola. Até
agora apenas o América está garantido
na Série B de 2008, mas ainda existem três
vagas em aberto.
Porém, o Náutico
segue cada vez mais firme rumo à permanência
na elite do futebol nacional no ano que vem. Se
ainda restam 11 partidas ao Timbu, quatro vitórias
o separam deste objetivo. A confiança do
torcedor está de volta e o time tem se
credenciado para se fazer um prognóstico
até mais animador. Mas é preciso
galgar degrau a degrau.
Por falar nisso, o jogo
contra o Atlético Paranaense é o
da vez, portanto o mais difícil para o
Náutico. É manter o futebol aplicado
e competitivo em ação apresentado
nesses confrontos recentes, e tratar de treinar
com a mesma humildade e espírito de grupo
para encarar um adversário direto na briga
pela permanência na Primeirona.
Pois é, apesar de o Timbu estar na 16ª
posição, com 33 pontos e nove vitórias,
tem equipe que pretende (?) se classificar à
Taça Libertadores, mas não emplacou
sequer três vitórias seguidas. Paciência...
Na primavera alvirrubra,
já dá para vislumbrar o sol de verão
brilhando intensamente pela permanência
do Náutico na elite, em 2008.
No futebol e na raça
- Mais uma vez, o Náutico mostrou futebol
de superação e dobrou não
só o Sport como também a arbitragem
tendenciosa e despreparada de Emerson Sobral.
O desastre disciplinar e técnico que foi
a condução patética daquele
sujeito de verde poderia ter custado caro ao clube
de Conselheiro Rosa e Silva. Poderia. Mas o Timbu
esteve disposto a provar porquê era o favorito
no Clássico dos Clássicos.
O Náutico frustrou
a expectativa de quem passou a semana a conspirar
contra o seu elenco, a sua torcida, o seu time
e a todos aqueles que queriam "comprar"
Acosta e Geraldo, mas que subitamente desapareceram
do mapa nesta segunda-feira (24). A melhor resposta
que o Timba poderia dar foi a que aconteceu em
campo. Ao melhor estilo cala a boca, cambada!
Quem sabe agora as notícias
são para adquirir o passe do lateral-esquerdo
Júlio César. Afinal de contas, foi
ele quem matou a pau o timinho preferido do universo
da notícia esportiva pernambucana.
Avante, Náutico!
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