Pé no chão,
cabeça no lugar e bola na rede
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 26 de Janeiro de 2010
O primeiro
clássico da temporada servirá como
um desafio a mais para o Náutico. Como
se não bastassem as dificuldades existentes
até aqui para o técnico Guilherme
Macuglia, como a de escalar uma equipe a cada
jogo, deixar de dar sequência ao trabalho
e assim entrosar os jogadores, a tabela do Pernambucano
2010 endossa a condição adversa
para o comandante timbu. Com um time em formação
e sob uma pressão desproporcional por parte
da imprensa esportiva, que começa a fazer
a caveira do treinador ante a torcida, o clube
dos Aflitos terá que se desdobrar em campo
para obter um resultado satisfatório diante
de um tradicional rival.
Falo especificamente de
vitória. Na quinta colocação,
após quatro rodadas, o Náutico não
pode prescindir de conquistar mais três
pontos. Em especial atuando nos seus domínios.
Uma curiosidade interessante está presente
neste contexto alvirrubro. É que, das quatro
partidas no Estadual, o Timbu venceu justamente
as realizadas no Eládio de Barros Carvalho.
Por isso, manter a regularidade nos jogos em casa
será o principal objetivo do Náutico
nesta quarta-feira (27).
Porém, a recíproca
aponta uma terrível coincidência,
inversamente proporcional. O Santa Cruz obteve
triunfos nos dois jogos disputados fora do Arruda
contra Sete de Garanhuns e Cabense. Depois,
nunca é demais reforçar que um encontro
entre iguais quase sempre é marcado por
embates equilibrados. Em especial quando do outro
lado está um dos goleadores da competição
até aqui, o atacante Joelson, com cinco
gols.
Ainda assim, em termos
de força ofensiva, o Timbu não deixa
a desejar. O rival tricolor está com a
mesma quantidade de bola da rede que o Náutico:
sete. Depois, os dois times têm apresentado
um futebol sofrível e de baixo nível
técnico. A parte tática então,
nem se fala. Acho que a cobrança em cima
do Náutico é descabida, pois o nível
da competição é dos piores,
historicamente falando.
E sem essa de ficar em
cima de muro de lamentação, ganhará
o Clássico das Emoções aquela
agremiação que colocar os pés
no chão, a cabeça no lugar e a bola
na rede. Na ausência de técnica ou
esquema tático definidos, prevalecerá
a garra e disposição a cada dividida.
Sem apelação, mas com lealdade e
espírito de luta.
É importante que
o torcedor timbu que for ao estádio esteja
ao lado do Náutico. O momento é
de adversidade e os erros tendem a ser mais frequentes
do que os acertos. Até mesmo o Sport, que
é líder, com quatro vitórias,
não apresentou um futebol convincente como
estão sofismando por aí alguns tendenciosos.
As partidas dos leoninos contra Araripina e Porto
(essas duas em plena Ilha do Retiro) e o segundo
tempo contra o Central, no Luiz Lacerda, são
a prova contundente.
Futebol se faz com repetição
e regularidade. Não adianta se antecipar
aos fatos porque não se contrata ritmo
de jogo nem entrosamento no mercado futebolístico.
Este será o quinto jogo oficial do Náutico
na temporada. Numa ótica mais abrangente,
observe-se o que ocorre neste início de
trabalho pelos principais estaduais do País
afora.
Tenho dito.
Saudações
alvirrubras!
|