A vitória da perspectiva
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 26 de Fevereiro de
2009
Estrear
com vitória no returno do Pernambucano
foi o mais importante para o Náutico. Independentemente
de como a equipe se comportou nesta partida. Isso
porque, mais uma vez - e só para variar
- o técnico Roberto Fernandes não
pôde colocar em campo a formação
que ele pretende, ao longo desta competição.
Aliás, se isto for levado em consideração,
então ele ainda continua a escalar um time
em cada partida oficial na temporada. Vale lembrar
que até agora foram 12 jogos, cada um com
uma formação diferente.
Porém, futebol é
resultado e isso é o principal objetivo.
Caso o Timbu não tivesse estreado com um
resultado positivo, aí a situação
se complicaria de vez para o treinador, sua comissão
técnica e a diretoria. Na cultura do futebol
brasileiro, o grupo de atletas é praticamente
intocável, mesmo quando a equipe não
está correspondendo. Em geral, quem tem
o cargo retirado é o comandante técnico.
Inclusive, há quem aposte, firmemente,
de que Roberto Fernandes está em xeque,
nos Aflitos.
Fato ou não, a questão
a ser analisada aqui não é o cargo
de treinador do Náutico, mas o desempenho
da equipe e suas reais perspectivas para o decorrer
do segundo turno do estadual. E, agora, a estreia
do time timbu na Copa do Brasil. Além da
incógnita de que terá ou não
um grupo forte, competitivo, à sua disposição,
Roberto Fernandes será obrigado a dividir
as atenções do grupo com a primeira
competição nacional de 2009. E iniciar
fora de casa pode ser um trunfo para o Alvirrubro.
De acordo com o regulamento
daquela competição, o Náutico
elimina a partida da volta, no Recife, caso ganhe
por dois ou mais gols de diferença o Moto
Clube, em São Luís. Então,
mais do que nunca, repetir o feito diante da Cabense
(em termos de placar, de resultado) seria interessante
ao grupo. Acredito que isto resgataria a confiança
da torcida alvirrubra, que anda bastante desconfiada.
Talvez por ainda não conhecer a formação
base da equipe, nesta temporada.
Ora, é claro que
o time apresentou falhas e limitações
nesta estreia vitoriosa do returno, mas o fato
é que nem todos os atletas ainda estão
à disposição para jogar.
Isso atrapalha, e muito, aos planos da comissão
técnica e dirigentes. Mas espera-se que
na próxima semana, que coincide também
com início de outro mês, o Náutico,
enfim, comemore a chegada de 2009 em todos os
sentidos.
Classificar-se à
segunda fase da Copa do Brasil implica em premiação,
ou seja, dinheiro na mão para os jogadores.
Assim, firmar uma parceria neste sentido seria
muito inteligente, além de primordial para
ambos os lados (dirigentes e jogadores), claro.
Mas as dificuldades não
acabam por aí, e a diretoria sabe muito
bem do que falo. A cota de transmissão
que o Náutico recebe do clube dos 13 para
participar da Série A é irrisória
e não atende às expectativas de
dirigentes e torcedores. Para piorar o quadro,
a verba do programa governamental ainda não
foi repassada aos clubes, até então.
Isso gera mais desconforto para quem tem compromissos
a saldar. Enquanto isso, as dívidas começam
a se acumular e, isso sim, pode provocar sérios
e irreversíveis danos ao futuro do clube,
na temporada.
Por outro lado, o departamento
de marketing tem que mostrar a que existe e planejar
campanhas que sejam atrativas ao associado. Tanto
aos antigos quanto para conquistar novos adeptos.
Sem criatividade não existe marketing.
E sem propaganda competente não há
lucro. É preciso haver mais engajamento
e poder de articulação de quem está
à frente deste setor no clube. Soluções
tomadas em conjunto denotam a força maior
que um clube de futebol pode demonstrar, que é
a capacidade de todos em levar adiante, e com
perspectiva de conquistas, o Clube Náutico
Capibaribe.
Avante, Náutico!
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