Ainda restam 36 minutos
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
Recife, 28 de Março
de 2008
Desta
vez, o Náutico não passou no teste
aquático realizado em Salgueiro, no Sertão
pernambucano. Pelo menos até os 9 minutos
do segundo tempo. Isso porque o árbitro
Antônio André decidiu
interromper a partida após receber um conselho
do quarto árbitro (sic). Como ele não
tinha percebido o gramado encharcado, a chuva
torrencial e os raios e relâmpagos que ocorriam
sem parar, o que impedia a prática de futebol
competitivo, profissional mesmo, eis que surgiu
uma luz divina e o despertou para uma decisão
sensata e eficaz. Agora, esta partida terá
prosseguimento no dia 9 de abril, no mesmo local
e horário, com as mesmas formações
das equipes. E o pior, com os mesmo árbitros!
Bom, pelo menos é
esta a versão fictícia defendida
pelos atores ligados ao teatro, por sinal muito
mal armado - da Federação Pernambucana
de Futebol. Porém, os fatos reais transmitidos
com imagem e som pela Rede Globo, na noite da
quarta-feira (26) foram outros. Conforme vimos
na tela, o quarto árbitro chamou Antônio
André e o comunicou da decisão superior
de interromper o jogo imediatamente. Isso depois
de o delegado da partida receber a intimação
por telefone. E adivinha quem ligou para o delegado
e deu a ordem de interromper? Nem precisa chover
no molhado, né?!
É inadmissível
que não haja autonomia para a arbitragem
local decidir justamente aquilo que eles têm
que fazer, durante os 90 minutos. Todos sabem,
ou deveriam saber, que um juiz de futebol é
soberano para tomar a iniciativa de julgar sobre
o que ocorre dentro das quatro linhas. De certa
forma, até mesmo fora delas. E, se isso
não é possível, então
que se importe árbitros que
conheçam os seus atributos para dar seqüência
a um jogo de futebol profissional.
Desta vez, a armação
ficou mais do que configurada. Esta partida teria
que ser interrompida antes de se tirar o centro
da segunda etapa. Não precisa nem ser árbitro
da Ceaf-PE para compreender isso. Mas parece que
existe um direcionamento para beneficiar uma determinada
equipe, em detrimento da competição.
Não vou declinar ódio nem esbravejar
a minha teoria da conspiração. Fica
chato e cansativo. Aliás, como os sucessivos
e absurdos erros cometidos pela arbitragem pernambucana.
Mas acredito que chegou
a hora de haver mais seriedade e profissionalismo
no futebol de Pernambuco. Não é
de bom grado sermos ridicularizados por causa
de pessoas que não estão comprometidas
com a lisura de uma competição local.
Mas a troca de favores e a tentativa de se agradar
ao patrão (o presidente da FPF) que é
conselheiro do Sport. Isto é um fato, e
não uma especulação.
Chororô -
É pau! É pedra! São as águas
de março fechando o verão e mudando
o rumo do Pernambucano 2008. Pois é, para
quem achava que este turno já estava definido,
eis que o Serrano tratou de colocar água
no chope do Sport (que já anda comemorando
o tricampeonato, de forma antecipada). O Jumento
provou que um raio cai, sim senhor, duas vezes
no mesmo lugar! O Leão que o diga...
Avante, Náutico!
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