Chega de mais do mesmo
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 28 de Abril de 2009
O Náutico
poderia estar diferente, mas não está.
Às vésperas de estrear na terceira
competição da temporada, o campeonato
brasileiro da Série A, ainda não
existe uma equipe definida. Com raras exceções
de atletas que vêm atuando regularmente
desde janeiro, não há um time consistente,
acabado. Ao menos eu desafio aqui qualquer alvirrubro
de tentar decifrar este enigma sem titubear, ou
seja, escalar uma provável equipe titular!
E todos hão de convir que competir sem
equipe, em qualquer campeonato, fica muito difícil.
Bom, coincidentemente,
ou não, a recente comissão técnica
tem apenas quatro partidas no currículo,
e o técnico Waldemar Lemos fará
dois importantes embates diante do todo poderoso
Internacional, pelas oitavas de final da Copa
do Brasil 2009. Parece até ironia do destino
do futebol. Pela primeira vez nesta competição
os times vão se enfrentar. Mas, se compararmos
os momentos de cada um, a disparidade pró
Inter é total.
Os duelos diante dos gaúchos
será um divisor de águas nos Aflitos.
Servirá como esteio para amenizar a acéfala
situação do Náutico, ou então
para mostrar, definitivamente, que o trabalho
que vem realizando o departamento de futebol do
clube está seriamente comprometido. Não
há como ser diferente. Ou o Náutico
se classifica e faz valer a exceção
da regra, ou toma históricas pancadas e
cai na dura realidade que vem fazendo parte do
já amargo cotidiano timbu.
Eis o aperitivo que resta
ao torcedor do Náutico antes da estreia
da equipe (?) no Brasileirão. Mas o fato
é que isso é inadmissível
para um clube que fará a sua terceira participação
seguida na elite do futebol nacional. Questão
tão estapafúrdia, que não
deixa perspectiva alguma para este começo
de Brasileirão. Parece incrível,
mas até para imaginar algo positivo é
preciso haver esboço de realidade.
Mesmo assim, e mais uma
vez, será preciso contar com a sempre exigida
torcida do Náutico. O apoio que vem das
arquibancadas às vezes é suficiente,
porém, o fato de sempre ter que contar
apenas e simplesmente com ele já não
resolve. Problemas de origens diversas e profundas
não se equacionam sem o devido planejamento
e profissionalismo que o futebol atual, e especificamente
o brasileiro, requer.
Seria muito fácil
ignorar todos estes problemas crônicos que
o Náutico atravessa, desde que retornou
à Série A, e seguir adiante com
confiança e pensando alto. É incrível,
mas a cada temporada, a equipe timbu aparece menos
competitiva. Isso precisa parar e o Náutico,
por meio dos seus dirigentes, deve retomar o caminho
do crescimento sustentável, com competência,
profissionalismo, poder de agregação
e espírito vencedor.
Avante, Náutico!
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