Arbitragem & goleiro
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
Recife, 30 de Outubro de 2007
Futebol
é resultado. Isso quase ninguém
discute. Mas eu quero acreditar que o Náutico
apresentou bem mais do que apenas um futebol competitivo,
objetivo, e, é claro, com vários
gols diante do Grêmio, em Porto Alegre.
Se o time não conseguiu somar um, ou três
pontos, ao menos deixou uma boa perspectiva para
os cinco jogos finais neste equilibrado e imprevisível
Brasileirão 2007.
O fato de ter marcado três
gols no time gaúcho, em pleno Olímpico,
faz com que a equipe alvirrubra se destaque, em
termos ofensivos. Nenhuma equipe conseguiu tal
feito, até aqui. Nem mesmo o Boca Juniors,
atual campeão da Taça Libertadores
da América.
No entanto, diga-se de
passagem, não é nenhuma novidade
o Náutico saber fazer gols. O Timbu permanece
como o segundo melhor ataque da competição,
até aqui com 59 gols, em 33 partidas.
Isso sem falar que o vice-artilheiro
do campeonato é o meia uruguaio Acosta,
que agora tem 18 gols e já é o estrangeiro
a marcar o maior número de gols numa edição
do brasileiro, desde 1971. Mais uma vez, o Náutico
escreve com letras maiúsculas a história
do futebol pernambucano, com distinção
e pioneirismo. Como sempre!
Agora, o fato lamentável
foram as atuações do goleiro Fabiano
e do trio de arbitragem, no Olímpico. O
primeiro deixou a desejar de maneira decepcionante.
A forma como Tuta igualou o placar foi vexatória
para o goleiro timbu, que foi encoberto numa jogada
totalmente fora de propósito por parte
do gremista. Mal colocado e perdido no lance.
Depois, no quarto gol,
a bola estava nas suas mãos, quando o atacante
gremista se antecipou e fez mais um gol de cabeça
na partida. Por sinal, o Grêmio usou a cabeça,
literalmente, para vencer o Náutico. O
zagueiro Onildo até que mostrou o caminho
para os pernambucanos, mas ninguém soube
como utilizar o crânio para ganhar dos tricolores
dos pampas.
Por sua vez, a arbitragem
nociva e tendenciosa não suportou ter que
ficar apenas mediando a partida. Num contragolpe
fulminante do Timba, Acosta penetrou na área
e, após driblar Saja, já ia empurrar
para as redes. Mas o apitadorzinho assinalou um
impedimento que não existiu. Vale ressaltar
que no primeiro gol gremista ele deixou de observar
a falta sobre o defensor timbu. Má fé?
Mau caratismo?
Não fosse por essas
razões, o Náutico teria voltado
do Rio Grande do Sul com, no mínimo, com
um ponto na bagagem. Mas o fato ocorreu como o
fato foi. Resta agora voltar todas as atenções
para o Santos, no Caldeirão Alvirrubro.
Aquele mesmo time que o Náutico ganhou
na Vila Belmiro, por 2 a 1.
Com um futebol aplicado,
competitivo, objetivo e com faro de gols, o Náutico
tem o dever de ganhar, mais uma vez, da equipe
santista. Essa vitória irá tranqüilizar
o grupo, pois restarão quatro jogos e mais
três pontos para ratificar a permanência
do Timba na elite do futebol nacional, em 2008.
Porém, vale salientar
que, diferentemente do Náutico, o Peixe
jogou no sábado à noite, em casa,
e teve um dia a mais para recuperar os atletas.
O Náutico iniciou uma maratona no domingo
(28), só retornou nesta tarde (29) para
o Recife, e jogará nesta quarta-feira (31),
à noite, e depois viajará para o
Rio de Janeiro, onde pegará o Fluminense,
na noite do sábado (3), no Maracanã.
Na minha perspectiva, eu
acredito que o Náutico tenha time e futebol
para conquistar os seis pontos nas duas rodadas
consecutivas. Sem presunções e ufanismos.
Apenas com uma análise básica, com
o que se passa dentro das quatro linhas. É
isso...
Avante, Náutico!
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