Atitude e sorte
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
ColunaNnet@nauticonet.com.br
Recife, 30 de Outubro de 2008
Uma hora
a má fase iria ter que acabar. Eu sabia.
A maneira como o Náutico conseguiu o empate
diante do Internacional era o estímulo
que faltava ao grupo de jogadores para dar início
à reviravolta no Brasileirão 2008.
Esse ponto conquistado em Porto Alegre no último
minuto pode garantir a permanência do Timbu
na elite do futebol brasileiro, em 2009. O fato
de só depender das próprias forças
recoloca o time na obrigação de
ganhar três jogos para alcançar este
objetivo. Não importa se será dentro
ou fora do Recife. Todas as seis partidas valem
os mesmos três pontos, por vitória.
Aliás, não
poderia ser melhor o momento em que a equipe comandada
por Roberto Fernandes terá em reencontrar-se
com a vitória. Bom, pelo menos em relação
ao adversário, que se chama Vitória,
o Náutico terá o prazer de receber
na sua casa, já na noite deste sábado
(1º). Porém, não há
mais tempo para provocar adiamentos. É
vencer e seguir firme, otimista e, acima de tudo,
realista em relação à continuidade
do clube na Série A no próximo ano.
Não vejo porque
começar a surgir análises escrotas
de que o grupo alvirrubro é limitado
ou coisa que o valha. Já se passaram 32
rodadas e agora não é hora para
caprichos tendenciosos, de avaliações
nocivas, que só relevam os aspectos negativos
e falhos. O momento é de acirramento tanto
por cima quanto por baixo da tabela de classificação.
Futebol é bola na rede, questão
de justiça era para ser na esfera do Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD),
mas ainda assim não há!
Os jogadores alvirrubros
devem ter em mente que os únicos que podem
interferir no placar (além da arbitragem,
claro!) são eles! Se o goleiro Eduardo
criticado duramente pela minha pessoa há
vários jogos nesta temporada -, não
tivesse tido a iniciativa de acreditar, talvez
o gol de empate não sairia. Talvez...
Mas o fato é que
ele e o zagueiro Vagner, autor de um golaço
importante, tiveram a garra que tanto a torcida
timbu cobrou, e cobrará daqui para frente.
A obrigação de lutar até
o segundo final é a maior obstinação
de um time que está comprometido com a
camisa que defende. As críticas descabidas
já passaram ao patamar de ridicularização
do Náutico por grande parte da imprensa
local. Ora, se não querem torcer, tudo
bem. Mas daí a secar o Náutico,
aí já passa dos limites toleráveis
e admissíveis.
O menosprezo e a falta
de critério nas análises já
não importam mais ao torcedor alvirrubro.
Por sinal, o único e autêntico aliado
com quem o Náutico deve e pode contar para
o confronto diante do time baiano. Não
esperemos uma postura diferente por parte dos
cronistas recifenses, que tratam o Clube Náutico
Capibaribe como um time de fora do Estado. Esta
é minha opinião, que só vem
se consolidando, a cada partida, a cada rodada
do Brasileirão.
Mas é melhor deixar
o que não presta de lado. A força
do pensamento positivo, aliado á atitude
e ação, fazem a diferença
a favor do Náutico. A equipe tem qualidade
suficiente para não cair e vai conseguir
este objetivo. Chegou a hora de o torcedor também
tomar uma atitude e comparecer em massa ao decisivo
confronto diante do bom time soteropolitano. Se
será fácil vencer o Vitória,
prefiro reconduzir a pergunta: me diga quem será
o campeão brasileiro de 2008?
Avante, Náutico!
|