Resistência (e
persistência) alvirrubra
Por: José Gomes Neto - Foto:
NauticoNET
Recife, 31 de Março
de 2008
Firme
e forte. Assim posso denominar a situação
do Náutico, em relação à
luta pela conquista do título do hexagonal.
Depois de golear o Jumento por 5 a 1, no Caldeirão
Alvirrubro, o Timbu está mais do que no
páreo por uma vaga nas finais do Pernambucano
2008. Com quatro partidas a disputar, dentre elas
o confronto direto com o líder Sport, na
última rodada, além do complemento
daqueles 36 minutos diante do Salgueiro, o time
alvirrubro precisa ganhar todas para não
depender de combinações de resultados.
Se hoje a diferença
para o primeiro colocado é de quatro pontos
isso porque a partida contra o Salgueiro
ainda não teve desfecho a diferença
já esteve maior, ou seja, de seis pontos.
Pode não significar muito, mas, num turno
curto, com dez jogos, abrir seis pontos é
praticamente garantir a conquista antecipada.
Praticamente, mas não efetivamente.
O futebol apresenta episódios
que a própria razão desconhece.
É importante lembrar que no primeiro turno,
a diferença entre Sport e Náutico
chegou a ser de sete pontos. No final, os leoninos
levaram a melhor com apenas um ponto de vantagem.
Ao todo foram disputadas 12 partidas e não
houve os confrontos diretos.
Por sinal, este detalhe
pesou desfavorável ao Náutico logo
na terceira rodada desta etapa. O fato de ter
perdido para o Ypiranga antes, num jogo onde houve
atletas poupados e subestimação
ao adversário, e depois a derrota para
o próprio líder do hexagonal, gerou
um clima desfavorável nos Aflitos. Um princípio
de desestabilização tomou conta
da comissão técnica e dos jogadores,
acirradas pelos maus resultados contabilizados
pelo Timba, por três partidas seguidas,
sendo o último revés da série
negativa contra o Juventus, pela Copa do Brasil.
Porém, quando o
Náutico emplacou a série de nove
partidas com vitórias, não houve
uma repercussão à altura. Até
porque o próprio Sport só conseguiu
chegar a sete vitórias seguidas, nesta
temporada. Certos setores da imprensa, só
para variar, querem incutir ao torcedor alvirrubro
que o time é caseiro e só
vence no Recife. Mas aí vai uma perguntinha
chata: quais foram mesmo os dois últimos
resultados do Leão fora da Ilha, hein?
Pois bem, mais uma vez,
o Náutico vai precisar enfrentar o time
de Santa Cruz do Capibaribe. Desta vez em casa
e, assim como na ocasião anterior, precisará
vencer para permanecer com chances de conquistar
o título do segundo turno. É certo
que o jogo será no próximo domingo
(6), no Eládio de Barros Carvalho. E incentivo
é o que não faltará a este
confronto, pois se trata de revanche do jogo de
ida, e será véspera de aniversário
de 107 anos do Clube Náutico Capibaribe
que serão completados no glorioso
dia seguinte, 7 de abril.
Voltar a depender das próprias
forças para levantar um título é
bem mais fácil do que o contrário.
Em especial num momento em que o elenco volta
a contar com todos os atletas inscritos para o
Estadual. O retorno do atacante Felipe reforça
um setor que está bem servido. Isso sem
falar do maestro Geraldo, ausente por dois jogos
seguidos.
Operação
Juventus Não há outra
saída. Como tem por obrigação
não apenas vencer o Juventus, mas golear
a equipe paulista por três gols de diferença,
para conquistar a vaga de forma direta, o Náutico
terá que ser avassalador desde o primeiro
minuto. Aliás, como fora diante do Serrano,
antes mesmo do minuto inicial será de extrema
conveniência balançar as redes do
Moleque Travesso.
Porém, o Timba terá
90 minutos para eliminar o Juventus e seguir adiante
na Copa do Brasil. É a torcida chegar junto,
ter paciência e ajudar o time a ganhar de
um adversário tinhoso, brigão, mas
que não possui o mesmo nível técnico
e qualidade individual dos atletas timbus. Eles
têm a vantagem de não precisar
sair para o jogo, pois venceram por 2 a 0. Mas
o Náutico deve dar as boas-vindas com um
futebol competitivo, aplicado e eficiente. É
assim que se prova que é o melhor, dentro
das quatro linhas.
Avante, Náutico!
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