A grande virada
Por: Frederico Lira - Foto:
NauticoNET
Recife, 04 de Março
de 2007
Quando
o Náutico entrar em campo, na tarde
deste domingo, contra o Ypiranga, no gramado
dos Aflitos, ter-se-ão passado dez
dias desde sua última exibição.
Dez longos, e aparentemente intermináveis!,
dias – desde o jogo contra o Parnahyba,
na quarta-feira de cinzas. Tempo mais que
suficiente para deixar os alvirrubros ansiosos
pelo retorno do aristocrático à
ativa. Tempo necessário para amadurecer
uma equipe em formação, que
sofreu bastante no primeiro turno com o desentrosamento
e a má condição física.
Tempo indispensável para que Hélio
dos Anjos consiga, enfim, impor um padrão
tático à equipe, ainda não
visto na temporada. Repetir uma escalação,
pela primeira vez no ano, já representa
um avanço considerável.
O
segundo turno traz consigo esperanças
renovadas para a torcida alvirrubra, após
um início de temporada bem aquém
do esperado. A expectativa de ver o time com
uma nova postura, bem como a estréia
do meia uruguaio Beto Acosta, será
certamente um belo atrativo para a mais fiel,
fanática e apaixonada torcida de Pernambuco
lotar o estádio Eládio de Barros
Carvalho, apoiando incondicionalmente o Timbu
na busca pelo título estadual. A arquibancada
"incendiada", cantando durante os
noventa minutos, foi fator primordial para
que conquistássemos o acesso à
primeira divisão - no entanto, nesse
ano de 2007, esse mesmo espírito ainda
não foi visto. "Ferver" o
caldeirão, em todos os jogos daqui
pra frente, é obrigação
dos alvirrubros!
TIME
- A simples entrada de Cristian na meia-cancha,
na última partida, deu novo ânimo
a um setor que vinha sendo ineficiente. Verdade
que a fragilidade do fraquíssimo Parnahyba
não nos permite traçar qualquer
parâmetro com os verdadeiros desafios
da temporada, mas foi inegável a melhoria
da equipe. Com um companheiro à altura,
o futebol de Marcel cresceu; com meias mais
produtivos, Kuki voltou a jogar bem, enquanto
Felipe, embora a visível má
forma física, foi eficiente naquilo
que procurou fazer. Esse "quarteto",
de muita técnica e qualidade, tem tudo
para deslanchar, e proporcionar muitas alegrias
à torcida alvirrubra. Gléguer,
seguro e tranqüilo sempre que exigido,
é outro que agradou nas poucas oportunidades
que teve.
O problema,
porém, persiste em outros setores:
as laterais, a zaga e a cabeça-de-área.
Tenho batido na tecla de que não temos,
na ala-direita, jogadores à altura
de uma primeira divisão. Sidny e Ivan
são frágeis, e costumam deixar
muitos espaços na retaguarda, algo
que, no futebol moderno, pode ser fatal. Na
esquerda, creio que estamos bem servidos:
Escalona e Edinho, por tudo aquilo que já
demonstraram em outras praças, terão
tempo para fazer exibições melhores
do que as vistas até aqui. Na defesa,
talvez esteja faltando um pouco de entrosamento
a Alysson, Índio e Breno – e,
pelo que pude observar, Hélio dos Anjos
trabalhou exaustivamente os jogadores, no
intuito de corrigir as deficiências
desse setor. Walker e Luciano fizeram apenas
duas partidas juntos, e formaram, indubitavelmente,
a melhor dupla de volantes do Náutico
nessa temporada – mas não pode
deixar de ser observado o fato de que estamos
precariamente servidos nesse setor, algo que
precisa ser urgentemente reformulado.
Às
16 horas desse domingo, 04 de março,
começa, portanto, o segundo turno para
o Náutico. E – esperamos - começa
a "grande virada" alvirrubra em
2007.
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