Dinastia Oliveira
Por: José Gomes Neto- Foto:
NauticoNET
Recife, 18 de Setembro
de 2006
De
acordo com o Dicionário Aurélio,
a etimologia da palavra “dinastia”
quer dizer: “uma série de soberanos
pertencentes a uma mesma família”.
Se considerarmos o que ocorre na Federação
Pernambucana de Futebol (FPF), qualquer semelhança
não será mera coincidência.
Após o ex-presidente do Náutico
(2000), e da própria FPF, Fred Oliveira,
ter um mandato por dez anos, entre os anos
de 1984 até 1995, agora o seu irmão
e atual presidente daquela entidade, Carlos
Alberto Oliveira irá ser aclamado para
fazer história e entrar no seu terceiro
mandato
Com
os 11 anos em que está no cargo, somados
aos próximos quatro, então serão
15 longos anos de Carlos Alberto como presidente.
Até o momento, a família Oliveira
acumula apenas 21 aninhos no comando da FPF.
Nada como um dote de casta que passa de irmão
para irmão, como se fora uma capitania
hereditária, daquela dos tempos do
Brasil Colonial.
Esta
realidade é algo lamentável
para o processo democrático, que pressupõe
a alternância no poder. Diante desse
quadro absoluto e estagnado, não temos
força de argumento para falar mal de
Caixas d’Água (in memorian),
Ricardo Teixeira, Eurico Miranda, Onaireves
Moura, e tantos outros déspotas esclarecidos
que fizeram das entidades esportivas propriedades
privadas, com fins lucrativos (em benefício
próprio, é claro).
O pior
é constatar que o balanço de
gestão para o futebol local não
é nada agradável. Precisamos
de uma atitude urgente, sob a condição
de sumirmos do mapa da elite do futebol nacional.
Mais do mesmo é tudo do que a gente
não precisa agora. Mesmo assim, parece
que os dirigentes locais estão bastante
adestrados para dar um basta ao conformismo,
mesmice e subserviência ao todo poderoso
Lord Vader, quero dizer, Carlos Alberto Olivader.
Que
“a força” não esteja
com você daqui a mais quatro anos...
Para o bem do repetitivo e inócuo futebol
pernambucano.
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