Faltou regularidade
ao Náutico (e regularização
de jogadores também!)
Por: José Gomes Neto- Foto:
NauticoNET
Recife, 30 de Janeiro de
2007
A
derrota do Náutico para o Santa Cruz
só ratificou o óbvio: enquanto
os jogadores que foram contratados para serem
titulares não ganharem condição
de jogo, ritmo e entrosamento, o que vier
a acontecer terá que ser encarado como
provisório. Se matematicamente ainda
existem chances de o Timbu conquistar o primeiro
turno, em termos de futebol competitivo não
é possível afirmar o mesmo.
Os gols que o time levou foram os mais patéticos
desta temporada. Dos sete sofridos nos cinco
jogos do Estadual, estes últimos representam
bem o que é a vulnerabilidade da equipe.
O
pior é ter que ouvir do goleiro Rodolpho
que, no Clássico das Emoções,
foi justamente a partida na qual ele menos
trabalhou. Parece ser contraditório,
mas não é. Até porque
o goleiro Gottardi também não
precisou suar a camisa do tricolor para garantir
que a sua barra fosse vazada. A manutenção
do tabu a favor do Santa Cruz permanece e
o Náutico continua ser vencer o rival,
desde o dia 12 de junho de 2004, quando o
atacante Jorge Henrique fez 1 a 0, de pênalti,
pelo Campeonato Brasileiro da Série
B daquele ano.
Incrível
o comportamento apático da equipe.
Não havia criação, articulação
ou mesmo algum lampejo isolado. Sem dúvida,
foi o pior jogo que assisti do Náutico,
desde a segunda rodada da competição.
A mediocridade apresentada pelo time, durante
os 90 minutos do clássico, tanto me
decepcionou quanto me preocupou. Em termos
de futuro, acho que vou ter que aguardar a
boa vontade do clube nas regularizações
de atletas. Depois, quando eles estiverem
com ritmo de jogo, mais soltos e entrosados,
aí já começo a Copa do
Brasil – o Náutico deve estrear
nesta competição no dia 14 de
fevereiro.
Quantos
aos estreantes, gostei muito do meia Marcel.
Experiente, capacitado e com visão
ampla de jogo, o jogador mostrou que tem qualidade
e que deverá ser muito útil
ao esquema tático. O lateral Edinho
precisa se encontrar no contexto do time.
Já o atacante Beto conseguiu queimar
o seu filme. Espero que ele justifique o futebolzinho
apresentado pelo tempo parado e o não-entrosamento
necessário com Kuki, em termos de jogos
oficiais.
No
mais, a vitória do adversário
foi incontestável e desejo que o Náutico
tome vergonha na cara e busque e reabilitação
diante do Belo Jardim. Não me iludo
com a fragilidade de um time que nem campo
dispõe, e só disputa o Pernambucano
por questões políticas, mas
acredito no poder de reação
do Náutico.
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