Susto, surto e a
volta por cima: os altos e baixos do Náutico
Por: José Gomes Neto- Foto:
NauticoNET
Recife, 02 de Fevereiro
de 2007
No
limite. Assim eu considero o que aconteceu
ao Náutico, na dramática vitória
diante do lanterna Belo Jardim, nos Aflitos.
Confesso que não esperava por uma apresentação
tão irregular do time na sexta rodada
do primeiro turno. Mas o futebol ensina que
não adianta fazer prognósticos
herméticos, pois é dentro das
quatro linhas que o desenrolar do confronto
acontece.
Senão,
vejamos. Depois de perder o clássico
para o Santa Cruz, no Arruda, o Náutico
volta a atuar dentro de casa. Na busca pela
reabilitação, o fato de encarar
o último colocado do Estadual soou
como uma pseudo vantagem. Enquanto isso, na
prática, o que assistimos foi uma equipe
sem o brio, a garra e o espírito de
competitividade que diferenciam um time com
alma de outro que só faz constar.
O time
conseguiu ser tediante, apático e sem
poder de finalização nos primeiros
45 minutos. O goleiro do time interiorano
só fez uma defesa, o que, convenhamos,
não é nada agradável
para uma equipe que almeja brigar pelo título
do Pernambucano. A estréia improvisada
de Escalona mostrou que ele pode render, e
muito mais, quando estiver atuando na lateral
esquerda, já no Clássico dos
Clássicos desta segunda-feira.
O calor
que o Calango deu no time da capital irritou
a torcida alvirrubra, que se fez presente
mesmo com a partida sendo televisionada, e
provocou uma situação até
então contornada nos cinco primeiros
jogos oficiais do Náutico na temporada.
O limite de paciência dos torcedores
foi esgotado com os dois gols sofridos pelo
pior time da competição.
Meio
que sem parâmetro de realidade, em relação
ao que ocorria em campo, não tive palavras
para expressar o que me ocorria naquele instante.
A maioria preferiu aplaudir efusivamente a
postura digna que o visitante mostrava, com
vontade de ganhar e com o espírito
competitivo. É incrível como
às vezes é preciso levar um
solavanco para só então cair
na real.
O Náutico
teve que levar dois gols para começar
a reagir. Que isso não se repita mais,
sob pena de gerar um desgaste geral junto
à torcida. Sei que temos jogadores
como o atacante Felipe e os meias Cristian
e Acosta para estrear, mas ritmo de jogo e
entrosamento não são imediatos.
Agora
é fazer fé no Náutico
diante do rival Sport e apostar numa postura
muito mais aplicada e atenta da equipe, durante
os 90 minutos. Independente do resultado,
o Timbu precisa sair do marasmo e estrear
de vez na temporada 2007.
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