Sem desespero, mas
com austeridade
Por: José Gomes Neto- Foto:
NauticoNET
Recife,
26 de julho de 2006
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O
acidente de percurso ocorrido no Bento de
Abreu contra o Marília não pode,
e nem deve, ser utilizado como análise
absoluta para os futuros jogos do Náutico
da Série B. Embora preocupe por conta
da maneira como o time se portou no decorrer
dos 80 minutos de jogo, após o assalto
do larápio carioca Fábio Dornelas
Calábria, logo aos dez minutos, o placar
dilatado e surpreendente deixou no ar uma
questão pontual para os dirigentes
alvirrubros: é preciso estar atento
a todos os detalhes que envolvem uma partida
de futebol. Em outras palavras: cuidado com
o extra-campo dentro das quatro linhas. Isso
porque ficou claro, mais uma vez, que o Alvirrubro
pernambucano fora objeto de "laboratório"
de um escroto soprador de apito do quadro
nacional de arbitragem da CBF. Até
o momento em que aquele sujeito interferiu
no jogo, inventando um pênalti e, depois
de Eduardo defender a cobrança, mandar
voltar acusando invasão de quem ele
nem viu, o Náutico se mostrava equilibrado
e apto a pontuar. Além de algumas adaptações
na equipe, provenientes de questões
clínicas e técnicas, o técnico
Paulo Campos não teve como evitar os
transtornos de uma viagem longa e cansativa
rumo ao interior de São Paulo. Agora,
concordo com as opiniões que apontam
que ele teria mexido errado, ao tirar o atacante
Felipe e substituí-lo pelo lateral-direito
Sidny, logo depois da expulsão de Jamur.
Mais uma vez, a defesa se mostrou vulnerável
a ponto de levar um gol (o segundo) numa cobrança
de falta ensaiada, porém previsível.
Como se não fosse o suficiente, ainda
houve o terceiro gol, em bola alçada
na área e o atacante paulista subindo
com aquela facilidade para cabecear. Quanto
às finalizações, o time
ficou à mingua e quase não se
ouviu falar no nome do goleiro do MAC. Mesmo
assim, os retornos do zagueiro Carlos Eduardo,
do volante Pedro Neto e do meia Nildo - ou
mesmo de Mateus -, darão outra perspectiva
ao time para a partida contra o Coritiba.
Até
a provável volta do artilheiro Kuki
já levanta o astral de todos e, em
especial, daquele setor da equipe, que anda
devendo. Apenas o atacante Danilo Lins deixou
a sua marca, na vitória no Clássico
dos Clássicos. Mais uma vez, o torcedor
alvirrubro terá a obrigação
de fazer a sua parte e contribuir para que
o Náutico consiga a reabilitação
e retorne à liderança da Série
B. Caso ganhe do Coxa, o Timbu chegará
a mesma pontuação do Avaí,
mas com oito vitórias contra sete dos
catarinenses.
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