Eita felicidade, nada
melhor que vencer o Sport!
Por: AlieNáutico - Foto:
NauticoNET
Recife, 25 de Setembro de 2007
Pense numa semana que demorou
para passar. Na segunda, eu já respirava,
sonhava e fazia cálculos. Queria logo que
chegasse domingo, 16h. Mas demorou e muito. E
depois de muitas noites em dormir, chegou o dia
do último clássico dos clássicos
do ano. Mal acordei e já liguei o rádio.
Não conseguia ficar sem fazer nada. Logo
fui para os Aflitos.
A partida começava
às 16h. Cheguei antes das 13h. Só
fazia nadar de um lado para o outro. Suava mais
que uma chaleira fervendo. Minha barriga parecia
um liquidificador. Fui logo para meu lugar de
origem, a cabina de imprensa. Pelo menos, o nervosismo
lá estacionava. Mas ele só piorou
quando saiu a escalação do Náutico.
Como assim, Felipe titular? Esquema 4-3-3...mais
uma vez, Roberto Fernandes surpreendeu... Só
me restava acreditar e confiar. Começou
o jogo, e nada dele passar. Pelo contrário,
aumentou, a cada erro da fraca arbitragem e a
cada entrada maldosa do Sport, eita time para
bater.
Cada mordida que dei no
meu dedo, do sangue sair. E nada do gol aparecer.
Até que aos 38 minutos, Júlio César
recebeu bola fora da área e eu gritei:
Chuta Júlio! Chuta, porra!
Né que ele me ouviu? Chutou e fez um golaço!
Explosão alvirrubra! Logo depois, levei
um susto. A zaga alvirrubra tirou uma bola e a
bicha veio para cima da gente que tava na cabine
de imprensa, quebrou a lâmpada e tudo. Quase
que ra em cima de mim. Mas nada demais. Tudo em
ordem... De volta a partida, logo depois o primeiro
tempo acabou, num susto de Bala.
Ai meu deus...faltava
ainda mais 45 minutos. Começou o segundo
tempo e o jogo era lá e cá, até
que aos 24 minutos Toninho foi expulso. Meu coração
quase parou, isso porque dois minutos antes Ticão
tinha feito uma falta em Marcelinho e merecia
o segundo amarelo, mas o juiz não deu.
Pensei, lascou. Ou o Náutico se fecha e
segura pelo menos uns 10 minutos, ou então...
Mas em seguida, Elicarlos, que foi um carrapato
em Bala, entrou forte no atacante do Sport, que
revidou. Os dois deixaram o campo. Ai pensei:
Roberto vai fechar ainda mais. Dito e feito. Vagner
entrou no lugar de Sidny. O Sport começou
a pressionar, meus dedos já não
davam conta do tamanho do nervosismo, até
que aos 34, mais uma vez, Júlio César
marcou outro bonito gol e matou o Leão.
Parecia mentira, 2x0 Náutico. Nessa hora,
voltei a respirar normal. Ainda gritei horrores
para Emerson Sobra, que bichinho fraco, viu? Mas
agüentei na boa o resto do clássico.
Vitória da raça, vontade, trabalho
e claro, do grupo do Náutico. Parabéns
alvirrubros: torcedores, jogadores, comissão
técnica. Finalmente deixamos a degola.
Respiramos. Que venha o Atlético/PR, porque
eu, mais do que nunca, continuo acreditando!
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