Derrota, tudo que o torcedor alvirrubro não queria. Numa partida onde a finalização Timbu não foi o ponto forte, o time do Náutico deixou a Portuguesa/SP sair do Recife com a vitória por 1×0, com o gol marcado aos 37 minutos do segundo tempo, pelo meia Cléber.

Na liderança isolada do grupo (B) da segundona, com 6 pontos, e sabendo que não existe jogo fácil na competição, críticos, torcedores e grande parte da imprensa esperavam mais uma vitória do Náutico dentro de seus domínios. Mas o que parecia fácil para muitos tornou-se um pesadelo para a torcida – que lotou mais uma vez, as dependências do estádio Eládio de Barros Carvalho; mais de 21 mil pessoas presenciaram o Timbu ser derrotado por si próprio.

O jogo

Com a responsabilidade de vencer o seu terceiro jogo na competição, a segunda em casa, o time de Roberto Cavalo, partiu logo para cima dos visitantes Lusos. De início, a partida foi muito estudada pelo Náutico que não conseguia passar pela defesa da Portuguesa, que veio com três zagueiros.
Mesmo assim os três primeiros lances foram do Náutico, com o zagueiro Marcelo Ramos, que chutou de longe e com o atacante Paulo Matos, que tentou um remate por duas vezes, dentro e fora da área rival.

A Portuguesa respondeu com uma bomba do bom atacante Johnson, que, diga-se de passagem, deu muito trabalho a defesa do Náutico, o brigando o goleiro Marcelo Pitol a defender por duas vezes consecutivas. Minutos depois, novamente o angolano Johnson, desta vez através de uma cabeçada.

Aos 28, um susto, o lateral da Lusa, Leonardo cruzou, a bola desviou em Bruno Carvalho e quase entrou no gol, a bola bateu no travessão e sai para escanteio. Três minutos depois foi a vez de Romualdo mostrar que o Náutico estava vivo na partida, chutando forte e a zaga cortando a bola da área. Até o final do primeiro tempo a Portuguesa estava jogando apenas nos contra-ataques.

Na segunda etapa de jogo, o Time do Canindé teve outra oportunidade novamente com Johnson, mas a bola saiu a linha de fundo. Mesmo com a pressão o Náutico veio mais destemido e respondeu em seguida com Cleisson que perdeu a chance de abrir o placar, o maestro Timbu colocou muita categoria e a bola saiu por sobre a meta do goleiro Gléguer.

A partir dos dez minutos só deu Náutico. Aos 12 Romualdo cabeceou por cima, aos 21 foi a vez de Paulo Matos chutar para fora, aos 25 foi a vez do meia Danilo cobrar uma falta que o atacante Betinho quase alcançou num peixinho. Depois, Paulo Matos outra vez, sem sucesso.

Aos 29 quem chegou foi o zagueiro Marcelo Ramos que cabeceou para fora, após cobrança de falta. A Lusa respondeu aos 31 com Rafael Toledo, cobrando falta, a bola foi para fora. Depois o lateral esquerdo do Náutico Ademar chutou em cima do goleiro Cléguer perdendo assim a oportunidade de marcar.

Aos 36, saiu o gol da Portuguesa, tudo começou pela ala direita de ataque dos paulistas, Wilton Goiano cortou Ademar e chutou de fora da área, Marcelo Pitol deu rebote e Cléber concluiu, 1×0 para os visitantes.

O Náutico não se abateu e partiu para cima. Aos 41 o meia Miltinho que acabara de entrar sofreu pênalti, Betinho foi para a cobrança e o goleiro defendeu, o árbitro mandou voltar porque Gléguer havia se adiantado. Trocou-se o batedor da penalidade, Danilo ficou responsável pelo momento, mas bateu no mesmo lado, ocasionando a segunda defesa do goleiro luso. Decretando assim o final de jogo nos Aflitos, Náutico 0, Portuguesa 1, para tristeza de todos. Agora o Timbu divide a liderança do grupo com a Portuguesa, ambos com 6 pontos.

Árbitro: Wagner dos Santos Rosa/RJ
Auxiliares: Marcos Antônio/RJ e José Cláudio Paranhos/RJ

NÁUTICO: Marcelo Pitol; Bruno Carvalho (Cláudio), Breno, Marcelo Ramos e Ademar; Tozo, Cleisson, David (Betinho) e Danilo; Paulo Matos e Romualdo (Miltinho). Técnico: Roberto Cavalo.

PORTUGUESA/SP: Gléguer; Du Lopes, Sílvio Criciúma e Émerson (Rái); Wilton Goiano, Alexandre, Rafel Toledo, Cléber e Leonardo; Johnson (Mendes) e Leandro Amaral (Maurício). Técnico: Giba.

Público Total: 21.600
Renda: R$ 200.304