A burra insistência de Paulo Campos

Por: José Gomes Neto

Recife, 22 de agosto de 2006

Quem assistiu ao jogo do Náutico contra o Ituano chegou a relutar em acreditar no que via. Uma equipe superior em termos técnicos e numéricos se render a um futebol típico de pelada, daqueles pegas-na-rua que vão com tudo para cima do outro, na base do abafa conseguir abrir o placar. Pois é. Foi lamentável constatar que o técnico Paulo Campos se contentou com um resultado (negativo) de um “heróico” empate por 1×1, no interior paulista.

Ao enfrentar um adversário sem expressão, que sem dúvida vai brigar para permanecer da Série B, o Náutico deixou de buscar o resultado que de fato interessava: a vitória. Ao deixar de somar três pontos, o Timbu inflacionou a sua cota de vitórias para atingir o acesso à Primeira Divisão, no próximo ano. Em minha opinião, o Náutico deixou de ganhar três pontos. Portanto, perdeu dois preciosos pontos que, naquelas circunstâncias seriam de bom grado serem computados.

Não se pode abdicar de vencer numa competição de pontos corridos. Observem que não estou preocupado com detalhes ínfimos, como liderar a competição. O mais importante é permanecer no G-4, de preferência acumulando o máximo possível de vitórias, rodada a rodada.

A burra insistência do nosso treinador decepcionou se não a todos, a maioria absoluta dos alvirrubros que acompanharam a disputa. Manter um esqueminha defensivista e, o pior, sem a mínima intenção de procurar o caminho do gol, faz com que deixemos as barbas (cabelos e bigodes) de molho. A quantidade de finalizações do time vermelho e branco simplesmente foi patética. Abaixo da média mesmo em jogos fora dos Aflitos. Considero uma tremenda burrice de técnico retranqueiro abdicar dos três pontos para se vangloriar de apenas um mísero e sofrível pontinho.

A solução já fora demonstrada, na prática, quando o Náutico goleou o ex-líder Avaí, por 4×1, há duas rodadas. Se o Timbu Coroado hoje (22.08) tem nove vitórias, e ocupa o segundo lugar na tabela, com 32 pontos, deveríamos ocupar o topo, com dez triunfos e isoldaos na liderança.

Antes de jogarmos a 19ª rodada da Segundona, o equivalente à metade das partidas de toda a Série B 2006, estamos há 10 resultados positivos do retorno à elite do futebol brasileiro. Isso mesmo. Caso atinjamos 60 pontos, ou mais (é lógico!), então o objetivo estará garantido. Desses 20 jogos para o Náutico, a metade será disputada no Eládio de Barros Carvalho. Isso não implica que vamos ganhar todos, pois futebol não é uma ciência exata. Na modalidade existem três resultados: vitória, empate e derrota.

Porém, é preciso que o treinador alvirrubro não vacile em partidas fora do Recife. O agravante é quando não há pressão de torcida e as desculpas são o sentido do vento ou mesmo os erros crassos da arbitragem – que por sinal houveram no Novelli Júnior.

Dito isso, acredito ser fundamental lembrar que não importa aonde sejam os jogos. TODOS ELES VALEM TRÊS PONTOS e somam da mesma forma. Principalmente quando o adversário “pede para apanhar”.

Pensar pequeno é ficar querendo só empatar fora. Temos é que ganhar o máximo, e o possível, de todos os jogos. Sempre.

Contra o Santo André começa a contagem regressiva para o retorno à Série A. Mas a agressividade do time não deve deixar de existir. Nunca! Somente a vitória interessa. Mesmo que seja por placares simples, como: 1×0, 2×1, 3×2 etc.

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