A esperança é a última que morre

Por: Newton Cerezini

Um começo de ano que parecia ser diferente, apenas parecia. Vieram as contratações, ótimos nomes apontados por imprensa e torcedores, Adriano Magrão, Somália, Carinhos Bala e Daniel Gonzáles ( temos que abrir um parêntese especial para falar desse jogador. Quando foi apresentado como uma rasteira na diretoria do Sport, foi uma festa só, gritamos chucky, chucky, chucky, mas o tempo nos mostrou o quanto estávamos errados), todos afirmavam que esse ano o Náutico seria forte, brigaríamos por Copa do Brasil Sulamericana e quem sabe até uma libertadores : Doce ilusão… Os jogos se passavam, não conseguíamos conjunto, alguns jogadores realmente mostraram a que vieram ( beber cair e levantar ) e outros nem chance de mostrar tiveram.

Caiu Roberto Fernandes assumiu Sergio China interinamente, e que interino, o time se fechou com ele, ganhamos quase todos os jogos sobre o seu comando, e quando ninguém achava mais que iríamos trazer um treinador, acordamos com a notícia que Waldemar Lemos, que estava na Jamaica é o novo técnico Alvirrubro.

Rapaz, pra que trazer esse cara? Não conhece o futebol brasileiro, não vai saber contratar, e em um dos seus primeiros jogos me mete 5 zagueiros em um clássico contra o Sport. Como eu era feliz e não sabia. Foi a única vez nesses últimos TRÊS anos que enfrentamos o Sport de igual para igual. Vimos um time reagir contra um Goiás em Goiânia bem arrumado, virar para cima de um Atlético Paranaense no Paraná e dar um baile no Cruzeiro em Recife. Fazia tempo que não tínhamos um time tão competitivo fora de casa, sempre fomos um time muito caseiro.

Tudo caminhava bem, elenco fechado, time coeso na marcação e no ataque, Waldemar calando a boca de muita gente, inclusive a minha e vem a saída de Waldemar Lemos. Quando perguntamos de multa rescisória, ficamos sabendo que o contrato de nosso treinador era de boca, um time de primeira divisão que tinha um contrato de boca com o treinador, que desorganização da nossa diretoria que correu para apresentar Bittencourt ( que para mim nem é tão culpado das derrotas seguidas, pois enxerga-se claramente que o grupo não quer Márcio por aqui), para mostrar serviço e para esquecermos o contrato de Boca com Waldemar.

Começamos um protesto, queremos que o presidente saia, o presidente fica revoltado com o protesto monta um colegiado, que me diz que a única derrota anormal foi a do Coritiba em casa, que as outras eram normais. Normais para vocês só se forem, pois pra mim nunca será normal o Náutico perder pra time nenhum do mundo, deve ser por pensamentos como esse que vemos o Náutico ser derrotado 3 vezes pelo inter, duas delas em casa, e vemos o Atlético Paranaense do nosso finado Waldemar Lemos virar para cima deles, e enquanto isso vamos perdendo, perdendo e perdendo. Jogadores reserva do Corinthians que certamente viriam para ser titulares, dizem não ao Náutico.

Levamos uma sonora goleada do Palmeiras, sem dessa vez nem podermos colocar a culpa na arbitragem, é a coisa ta feia, o ano que prometia ser bom, realmente só promete a emoção de ficarmos até a última rodada esperando para ver se vamos cair ou não. Geninho está chegando pessoal, acho que nesses 3 anos de série A, esse é o primeiro treinador de primeira divisão que nós temos, e com certeza “pode dar errado”, mas eu prefiro um Geninho que pode dar errado, a um Leandro Machado, Pintado e Roberto Fernandes que “podem dar certo”.

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