Por: José Gomes Neto
Já se vão oito rodadas e o Náutico só venceu um único jogo no Brasileirão 2007. E quando se pensa que o pior já passou, aí acontece aquilo que foi a apresentação do time alvirrubro, na Ilha do Retiro. Não foi nem o fator resultado, pois um clássico pressupõe equilíbrio entre as equipes, mas a maneira nefasta como se comportaram os jogadores.
Sem brio, nem compromisso com o próprio grupo, e muito menos respeito à pequena torcida presente, mas que ainda havia dado (mais) um crédito de confiança. Esse time do Náutico não tem o direito de cobrar nada de ninguém! Aliás, essa diretoria de futebol tem que se mancar e começar a trabalhar pelo clube e para o clube.
Não se admite que certos jogadores tenham um comportamento totalmente descomprometido com os interesses do Náutico. As expulsões de Acosta e Baiano, pontuadas em primeiro plano, possuem ângulos diferentes de visão. O primeiro alegou legítima defesa, pois teria sido obstruído dentro da área leonina e revidou.
Já o lateral, que foi dispensado na tarde desta sexta-feira (29), tentou repor a bola em jogo, em rápida cobrança de falta, mas acabou impedido pelo adversário. De acordo com a regra do futebol, tentar retardar o andamento da partida é motivo de punição para quem o faz. Portanto, o árbitro Fifa (que não enxerga o gol quando a bola entra no meio da barra) errou. Para variar, mais uma vez contra o Náutico.
Porém, não quero nem de longe aqui justificar a atitude que o senhor Marcel, por exemplo, tomou. O atleta detinha a bola quando a segurou até perdê-la de forma infantil para três adversários, o que proporcionou o segundo gol do rival. Isso não pode voltar a acontecer! E nem vai, pois ele também pegou o beco e está fora do grupo.
O ex-técnico PC Gusmão perdeu o controle sobre o grupo e também não é mais o comandante técnico. Se ele foi demitido ou se demitiu, nesta sexta-feira (29) para mim tanto faz! O problema é que os dirigentes não sabem o que dizem, e nem mesmo o que fazem! O presidente precisa assumir o regime presidencialista e ter poder de veto. Caso contrário, que assuma de vez o parlamentarismo pardo, cheio de cardeais que mais gostam de aparecer na mídia do que trabalhar pelo Náutico!
Ainda restam 30 rodadas, mas está difícil apostar numa reviravolta do Náutico. E olhe que não estou nem me referindo a ficar entre os 11 primeiros, mas de permanecer na Primeira Divisão. A partir de agora o meu critério é só acreditar no desempenho do que for apresentado em campo.
Avante, Náutico!